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Cientistas curam diabetes tipo 1 de ratos com células-tronco

Geral

17.11.2017

Cientistas curam diabetes tipo 1 de ratos com células-tronco

Foto: (Foto: Image Source / AFP Photo

Pesquisa corrigiu erro genético que leva à destruição de células produtoras de insulina. Efeitos ainda precisam ser testados em humanos.

Células da ilhotas de Langerhans, produtoras de insulina, são destruídas na diabetes tipo 1 pelo sistema imunológico. (Foto: Image Source / AFP Photo)

Cientistas do Boston Children’s Hospital, nos Estados Unidos, conseguiram reverter com sucesso diabetes tipo 1 em cobaias, segundo estudo publicado na “Science Translational Medicine”. A estratégia envolveu o uso de células-tronco do sangue, que foram tratadas para produzir PDL-1, um tipo de proteína ausente em pessoas com diabetes tipo 1.

Na diabetes tipo 1, não há produção alguma de insulina, hormônio responsável pela quebra da glicose no organismo. A condição é diferente da diabetes tipo 2, quando há produção insuficiente do composto.

A diabetes tipo 1 é considerada uma condição autoimune: a ausência de produção de insulina ocorre porque o sistema imunológico enxerga células produtoras do hormônio como invasoras.

E é aí que entra o papel da PDL-1 — ausente em diabéticos, essa proteína produzida pelo gene CD274 é responsável por impedir que o sistema imunológico ataque as células produtoras do composto. Com as células do pâncreas intactas, assim, a insulina é produzida e os níveis de glicose no sangue são normalizados.

Com técnicas de engenharia genética, os cientistas infundiram o gene CD274 nas células-tronco responsáveis pela produção de PDL-1. Um vírus inócuo foi utilizado para ser o “transportador” do gene correto.

Resultado do experimento: quase todos os ratos foram curados de diabetes no curto prazo, e um terço manteve níveis normais de açúcar no sangue durante a vida.

Um dos pontos positivos do estudo é a utilização das células do próprio paciente o que diminui as chances de rejeição.

Pesquisadores salientam, no entanto, que outras pesquisas devem verificar se os efeitos da terapia se prolongam por mais tempo. Eles também buscam aprovação nos Estados Unidos para o início de um ensaio clínico em humanos.

Fonte: G1.com