Um estudo recente, publicado na revista médica Pediatrics, avaliou o impacto da intervenção “Active Teen Leaders Avoiding Screen-time (ATLAS)” em adolescentes do sexo masculino, uma intervenção de prevenção da obesidade usando a tecnologia dos smartphone.

Tratou-se de um ensaio clínico realizado em 14 escolas secundárias em comunidades de baixa renda em New South Wales, Austrália. Os participantes foram 361 adolescentes do sexo masculino (com idades entre 12-14 anos) considerados em risco de obesidade. A intervenção usando o smartphone dos adolescentes durou de 20 semanas, e baseou-se na teoria da autodeterminação e da teoria social cognitiva.

Em geral, não houve efeitos significativos de intervenção para o IMC, circunferência da cintura, percentual de gordura corporal, ou atividade física. Efeitos de intervenção significativos foram encontrados para o tempo gasto assistindo televisão, consumo de bebidas adoçadas com açúcar, aptidão muscular, e as habilidades de treinamento de resistência.

Concluiu-se que a intervenção na escola usando smartphones, atuando sobre meninos adolescentes de baixa renda, não resultou em efeitos significativos sobre a composição corporal, talvez devido a uma dose de atividade insuficiente. No entanto, a intervenção foi bem sucedida em melhorar a aptidão muscular, habilidades motoras e comportamentos-chave relacionados com o peso.