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Funcionamento da UTI só após reforma do Giselda

Geral

05.06.2012

A reativação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Giselda Trigueiro (HGT) ainda é incerta. De acordo com a direção do HGT, os sete leitos só podem ser reabertos após uma reforma geral no espaço. No entanto, o Governo do Estado sinaliza que a compra de novos equipamentos é o único empecilho para reutilização da unidade. Na última semana, a rede elétrica foi reparada. Para os médicos, não é o suficiente. Nos próximos quatro meses, uma reforma que custará R$ 2,5 milhões aos cofres públicos deverá ser iniciada no hospital.
Não há previsão para o término da reforma. O HGT não será o único hospital que passará por reformas. Ao todo, o Estado pretende investir R$ 7 milhões em obras estruturantes em quatro unidades. Além do Giselda, estão previstas intervenções no hospitais João Machado, Alfredo Mesquita, em Macaíba, e Rafael Fernandes, em Mossoró.

Segundo Carlos Mosca, diretor técnico do HGT, a UTI só será reativada quando o local passar por uma ampla reforma que garanta o bom funcionamento de todos os leitos. "Queremos que seja refeito a instalação elétrica e hidráulica, por exemplo. Não adianta reabrir sem antes consertar o que está errado", contou. O secretário de Comunicação do Estado, Alexandre Mulatinho, explicou que a reabertura da UTI depende da recuperação dos equipamentos danificados com a sobrecarga elétrica ocorrida no dia 18 de maio. "Os técnicos garantiram que é possível religar os aparelhos com as modificações que foram realizadas", informou.

Na tarde do dia 18 de maio, os funcionários que estavam trabalhando na UTI foram surpreendidos com uma pane elétrica. Uma sobrecarga no sistema afetou os aparelhos elétricos. Naquela dia, cinco pacientes estavam internados. Todos foram removidos para o hospital Ruy Pereira. Um deles teve alta na tarde da última quinta-feira. Os demais continuam internados no local.

Ainda de acordo com Mosca, a direção do HGT entregou à secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN) um projeto de reforma apenas da UTI. "Existe esse projeto que foi levantado por nossa equipe. Está na mesa da secretária aguardando o orçamento", disse. O Governo do Estado informou que o projeto existente é da reforma geral do hospital. "Temos esse projeto que contempla a reforma geral. O valor da obra é de R$ 2,5 milhões e o recursos já está assegurado", afirmou Mulatinho.

Ontem, técnicos da SIN e da Sesap estiveram no HGT e fizeram uma nova vistoria no prédio. "Eles estiveram na UTI também. Vamos aguardar pela decisão do Governo", completou Carlos Mosca. O problema na UTI, segundo funcionários, poderia ser evitado. Antônio Marinho, chefe da divisão dos Serviços Gerais do Giselda Trigueiro, afirmou que tanto a direção do hospital como a Sesap sabiam do risco de pane elétrica na unidade. "A instalação dos aparelhos de ar condicionado foi feita de forma errada. Eles ficam em cima da tubulação dos gases usados nos pacientes. Tínhamos certeza que iria acontecer alguma coisa de errado", relatou.

Conclusão de obras do Santa Catarina é adiada

Mais trinta dias. Esse é o prazo dado pelo Governo do Estado para que as obras do Hospital Dr. José Pedro Bezerra, conhecido como Hospital Santa Catarina, sejam concluídas. Atualmente, está em andamento a quarta etapa da reforma que contempla o Pronto-Socorro Adulto (PSA) e a sala de Radiologia. Enquanto não fica pronto, o hospital vive lotado.

Segundo a assessoria de imprensa do Governo do Estado, para que a obra seja concluída é preciso um repasse de R$ 150 mil referente à duas medições no local. "Estamos trabalhando nisso e a obra deverá ser encerrada nos próximos 30 dias", disse Alexandre Mulatinho, secretária de Comunicação do Estado. Isaú Gerino, secretário de Saúde do Estado, que tomará posse amanhã, é o atual diretor-geral do hospital. Ele garantiu que as obras nos hospitais terão prioridade na gestão dele. "Na conversa com a governadora, deixei claro que isso é uma prioridade. Conheço bem o Hospital Santa Catarina e seu de suas necessidades", contou.

Ontem à tarde, cerca de 70 pessoas aguardavam atendimento no pronto-socorro do maior hospital da zona Norte de Natal. Apenas um médico estava de plantão. A presença de uma equipe de reportagem despertou a insatisfação dos que estava, no local.

No setor de pediatria, outro drama. A dona de casa Francisca Soares, 23 anos, está desde sábado acompanhando o filho Jean Soares, 5 anos. O menino foi internado porque sofre com problemas gástricos. "Ele tem uma trombose no intestino. Ontem [domingo] vomitou muito sangue. Os médicos dizem que ele não pode ficar aqui. Precisa de uma UTI em outro hospital, mas não tem. Estou desesperada", disse. Funcionários do próprio hospital orientaram a dona de casa a procurar o Promotoria de Saúde para denunciar o problema.

Desde março de 2010, o Hospital Santa Catarina conta apenas com dois aparelhos de raio-x móvel. Um é utilizado na UTI infantil, o outro para as demais urgências. "Nos demais casos, mandamos fazer o exame no Maria Alice ou HWG", informou Carlos Leão, diretor administrativo da unidade. 

Fonte: Tribuna do Norte