Cai o número de adolescentes grávidas no Brasil
Geral
19.06.2012
A quantidade de partos em adolescentes de 10 a 19 anos caiu 22,4% no Brasil, de 2005 a 2009, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda-feira (8). Na primeira metade da década passada, a redução foi de 15,6%. Entre 2000 e 2009, a maior taxa de queda anual ocorreu no ano passado, quando foram realizados 444.056 partos em todo o país – 8,9% a menos que em 2008. Em 2005, foram registrados 572.541. Ao longo da década, a redução total foi de 34,6%.
A maior redução no número de partos de adolescentes, nos últimos cinco anos, ocorreu na região Nordeste (26%). Em 2005, foram 214.865 procedimentos contra 159.036 no ano passado. O Centro-Oeste vem em seguida, com 32.792 partos – 24,4% a menos que em 2005. Abaixo da taxa média de queda, estão: Sudeste (20,7%), Sul (18,7%) e Norte (18,5%).
O Ministério da Saúde atribui essa tendência às campanhas destinadas aos adolescentes e à ampliação do acesso ao planejamento familiar. Só no ano passado, foram investidos R$ 3,3 milhões nas ações de educação sexual e reforço na oferta de preservativos aos jovens brasileiros. Nos últimos dois anos, 871,2 milhões de camisinhas foram distribuídos para toda a população. Qualquer pessoa pode retirar as unidades nos postos de saúde.
Nesses locais, os adolescentes também recebem o apoio de um profissional de saúde para avaliar qual é o método contraceptivo mais adequado ao estilo de vida dos parceiros. Entre as opções, estão as pílulas anticoncepcionais, a injeção de hormônios e o DIU. A dupla proteção – o uso do método contraceptivo associado ao preservativo – é recomendada para que, além de evitar uma gravidez, os jovens se previnam de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e aids.
Atualmente, os adolescentes do sexo masculino vêm procurando o serviço público de saúde no intuito de retirar os preservativos, segundo a coordenadora de Saúde do Adolescente e do Jovem do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare.
– Nossa prioridade agora é para que o rapaz seja envolvido em outras ações, inclusive nas situações de gravidez da parceira ou da namorada. Estimulamos que ele acompanhe o pré-natal e o parto, participando do dia a dia da companheira e cuidando da própria saúde, explica a coordenadora.
Fonte: R7