Prefeito e médicos tentam acordo hoje
Geral
22.11.2012
Os médicos da Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed-RN) que prestam serviço para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) se reúnem na manhã de hoje com o prefeito Paulinho Freire. Na pauta do encontro, a busca de uma solução para o impasse entre gestores e trabalhadores que suspenderam o atendimento desde ontem. A cooperativa cobra uma dívida de R$ 3,6 milhões (setembro e outubro) e melhorias nas condições de trabalho. Ontem, devido à paralisação, pacientes voltaram para casa sem receber atendimento em algumas unidades de saúde de Natal.
A inadimplência da SMS, segundo a cooperativa, tem provocado "insegurança aos médicos cooperados, causando grandes dificuldades na organização das escalas dos plantões e, consequentemente, na manutenção da prestação dos serviços contratados". Outro ponto levantado pelos médicos cooperados é a falta das condições mínimas de trabalho nas unidades de saúde que dificultam o exercício da medicina.
Os aproximadamente 500 médicos cooperados realizam 1.500 plantões nas unidades saúde em especialidades como clínica médica, pediatria, ginecologia, medicina intensiva e psiquiatria. Outra preocupação da Coopmed/RN é com relação ao vencimento do contrato em vigor. A vigência termina no dia 3 de dezembro. "Até agora, não houve qualquer sinalização quanto à renovação do contrato. Os prazos estão se esgotando", disse Fernando Pinto, presidente da cooperativa.
As ambulâncias de UTI do Samu Natal ficaram paradas durante toda a manhã de ontem. O problema foi ocasionado devido à suspensão do atendimento médico de plantão da Coopmed/RN. Pacientes com casos mais graves, como enfarte ou parada cardíaca, foram atendidos por equipes incompletas. Ao todo, três ambulâncias UTI estavam paradas no estacionamento da sede do Samu Natal. A coordenação médica do Samu Natal informou ainda que, caso o atendimento da Coopmed/RN não seja retomado, não haverá médicos para atendimento amanhã. Durante a tarde ontem, uma ambulância UTI voltou a atender os chamados através do 192.
Fonte: Tribuna do Norte