Prefeitura e Coopmed não conversaram sobre greve
Geral
23.11.2012
Mesmo com a garantia da titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Maria Joilca Bezerra, de que a dívida com os cerca de 500 médicos cooperados da Coopmed seria paga nesta quinta-feira, o presidente da Cooperativa Médica, Fernando Pinto, informou à reportagem da TRIBUNA DO NORTE no final da tarde de ontem que a prefeitura não entrou em contato com a entidade durante todo o dia.
A previsão era de que o prefeito Paulinho Freire assinasse a ordem de serviço para o pagamento dos salários dos profissionais, dívida que já soma R$ 3,6 milhões desde setembro. Com a paralisação dos profissionais da Coopmed desde a última quarta-feira, todos os plantões médicos na capital potiguar foram paralisados até ontem e permanecem na manhã de hoje. Segundo Fernando Pinto, os plantonistas cooperados realizam, em média, 1.500 procedimentos por mês na capital potiguar.
Fernando Pinto garantiu que que os médicos só voltarão a atender nos plantões quando a dívida for sanada e que não mais acredita no discurso político do "será pago amanhã". O encontro previsto para ontem com o prefeito Paulinho Freire também não ocorreu. Em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura do Natal, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE não conseguiu saber os motivos da não resolução do caso e que a situação estava ao encargo da titular da SMS, Joilca Bezerra. Contatada, Joilca não mais atendeu as ligações da reportagem.
Entre os médicos plantonistas que estão paralisados estão clínicos gerais, pediatras, ginecologistas, intesivistas e psiquiatras que atuam em 18 diferentes unidades de saúde do município. Unidades ambulatoriais de Nova Natal, Planalto, Cidade Nova, Cidade Satélite, Cidade da Esperança, Mãe Luiza, Panatis, Guarapes e KM6 estão sem realizar atendimentos. O Pronto-Socorro Sandra Celeste e as maternidades das Quintas, Felipe Camarão e o Hospital da Mulher, da Zona Norte, também não estavam realizando procedimentos.
Apenas o Hospital dos Pescadores possuía um médico de plantão que atendia a pacientes internados. "Não deixaremos de atender em caso de urgência. Não podemos abandonar o paciente. Mas também não podemos arcar com os prejuízos causados pela falta de pagamento", finalizou Pinto.
Fonte: Tribuna do Norte