Médicos da Coopmed aguardam repasse do Governo do Estado para retomar atendimento
Geral
04.12.2012
Além de suspender o atendimento na rede municipal de Saúde, os profissionais da Cooperativa dos Médicos do Rio Grande do Norte (Coopmed-RN) também suspenderam o atendimento na rede estadual. O motivo é o mesmo: atraso no pagamento. No Estado, a situação é mais crítica, pois o atraso já acumula quatro meses (agosto, setembro, outubro e novembro) e ultrapassa a cifra de R$ 1,7 milhão. Os médicos cooperados aguardam o pagamento do débito para retornar o atendimento. O Governo do Estado prometeu realizar o repasse ainda hoje, mas até o fechamento desta edição o pagamento ainda não havia sido efetuado.
A paralisação dos médicos da Coopmed em relação à saúde estadual atinge o setor de ortopedia do Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena, o Centro de Recuperação Operatório (CRO) do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, o Samu Metropolitano e o serviço de enfermaria dos leitos clínicos de retaguarda do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), que dão suporte ao Hospital Walfredo Gurgel. Ao todo, são cerca de 150 profissionais que paralisaram as atividades.
Fernando Pinto disse que a Cooperativa dos Médicos antecipou o pagamento aos cooperados referente ao mês de agosto na esperança que o Governo do Estado realizasse o repasse, mas o compromisso não foi honrado. “Tentamos fazer de tudo para não chegar a essa situação, mas do jeito que está não dá mais. Esperamos que as crises sejam resolvidas para não ter mais prejuízos à população, mas é importante que os gestores cumpram o que está escrito, pois os médicos só querem receber pelo que já trabalharam e da forma que está não tem como manter o serviço. O Governo já havia prometido o pagamento outras vezes e não cumpriu. Espero que desta vez ele possa cumprir para o serviço ser restabelecido a sua normalidade”, destacou.
O segundo maior hospital de ortopedia do Rio Grande do Norte, o Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena, no município de Parnamirim, está, desde o último sábado (1º), com o atendimento ortopédico suspenso por tempo indeterminado. Fernando Pinto disse que a Cooperativa dos Médicos disponibilizou dois profissionais para dar suporte aos pacientes que já estão internados na unidade.
O coordenador do Samu Metropolitano, Luiz Roberto Fonseca explicou que a paralisação dos médicos cooperados que prestam serviço ao Samu Metropolitano ainda não trouxe nenhum problema ao funcionamento do serviço. Luiz Roberto conta que, quando foi informado da paralisação, refez a escala médica dos plantões apenas com os médicos estatutários. “Na verdade, antecipei a escala com os médicos que são do quadro do Estado e conseguimos garantir a manutenção do serviço, sem trazer prejuízos à população”, destacou. No Samu Metropolitano, são 16 médicos estatutários e 15 médicos cooperados. “O Samu está responsável pelo esquema de atenção a saúde dos Jogos Sul-Americanos Escolares que estão sendo realizados em Natal e não poderíamos parar”, concluiu Luiz Roberto.
Reprodução: O Jornal de Hoje