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HWG está sem intensivistas para fechar escalas do CRO

Geral

26.02.2013

Os fins de semana são, de fato, mais difíceis para quem precisa dos serviços oferecidos pelo Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Médicos intensivistas de plantão precisaram se revezar para dar assistência aos pacientes internados no Centro de Recuperação Pós-operatório (CRO) no último fim de semana. O problema é que não foi a primeira vez que isso aconteceu. A situação se repete há pelo menos seis meses, desde que foi feito um acordo entre a direção do HWG e a Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed/RN) para que os médicos do quadro da Secretaria da Saúde Pública (Sesap) "cubram" o serviço.
O presidente da Coopmed, Fernando Pinto, explica que a princípio os serviços da cooperativa previam apenas a complementação dos plantões de fim de semana. "A responsabilidade pelo CRO era dos funcionários do estado. Com o tempo, os médicos do quadro começaram a sair e a Coopmed não teve como completar a escala", frisa. A situação foi posta em cheque há seis meses, época de renovação do contrato. Surgiu então o acordo para que os médicos intensivistas dessem suporte aos pacientes em situações mais graves durante os plantões.

A situação veio à tona depois que o médico Sebastião Paulino relatou tudo nas redes sociais. "CRO do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel encontra-se sem médico há mais de 12h. Lá estão pacientes graves e com risco de morte iminente", escreveu no Twitter. Ele é taxativo quanto a gravidade do problema. "A situação é grave. São pacientes que precisam de monitoramento eletrônico. O médico responsável precisa saber os parâmetros utilizados. Caso contrário o paciente pode morrer".

A ausência de profissionais foi confirmada pela direção do HWG. Através da assessoria de imprensa, eles afirmaram que a situação se repete em diversos fins de semana já que a Coopmed não vem conseguindo fechar as escalas de plantão. Fernando Pinto esclarece que a direção do hospital foi informada sobre a impossibilidade da Coopmed de atender a todos os plantões. "A realidade é que o CRO do Walfredo Gurgel não funciona como um CRO. Em função do problema da falta de vagas, o local acaba virando uma unidade de terapia semi-intensiva", destaca. Ontem, a escala de plantões de fim de semana do mês de março ainda não estava fechada, por falta de médicos intensivistas.

Para o presidente do Sindicato dos Médicos do RN, Geraldo Ferreira, esse quadro é provocado pela inadimplência do governo. "Existe uma irregularidade de pagamento. Por isso, essa dificuldade em compor as escalas.", afirma Geraldo Ferreira. Ele cobraa realização de um concurso público. Os médicos do quadro da Sesap estão em greve há quase dez meses.
 

Fonte: Tribuna do Norte