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Adoçante estévia ganha popularidade e vendas avançam

Geral

06.06.2013

Adoçantes extraídos da estévia estão rapidamente se tornando uma sensação especialmente nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, países onde ainda são uma novidade, apesar de a planta ser usada há séculos na região do Brasil. Apenas em 2008 o governo americano deu seu aval para a venda de produtos com o adoçante. Na União Europeia, a autorização foi concedida em 2011.
Refletindo isso, entre 2008 e 2012 houve um aumento global de 400% na venda de novos produtos à base de estévia, com uma elevação de 158% apenas entre 2011 e 2012, segundo a Mintel, consultoria internacional do setor de alimentos.

A rede britânica de lojas de vitaminas e suplementos alimentares Holland & Barrett diz ter detectado um aumento de 50% nas vendas de produtos com o adoçante no último mês, em comparação com o mesmo período do ano passado. A Coca-Cola chegou a alterar a receita do refrigerante Sprite na Grã-Bretanha, relançando uma versão com stevia que supostamente teria uma redução de 30% de calorias. Segundo os fabricantes, o "adoçante milagroso" não tem calorias nem carboidratos e não aumenta os níveis de glicose. Mas será que isso é bom demais para ser verdade?

Produto 'natural'
David Turner, da analista de alimentos e bebidas da consultoria Mintel, diz que atualmente pode-se encontrar no mercado uma variedade de iogurtes, chocolates e até cervejas adoçadas com estévia e que a mídia tem cada vez mais ligado o açúcar refinado à obesidade, que é descrita atualmente como uma epidemia mundial. Somente no Brasil, mais de 65 milhões de pessoas estão com excesso de peso, enquanto que dez milhões são tidos como obesos.

A estévia tem o potencial de ajudar a controlar do peso, a manter a saúde dos dentes e combater o diabetes, diz a nutricionista Laura Wyness, da Fundação Britânica de Nutrição. Esses possíveis benefícios médicos já seriam válidos para os adoçantes artificiais de baixa caloria que estão no mercado há muitos anos, como o aspartame e a sacarina, mas a estévia tem uma vantagem. "A grande questão da estévia é que ela tem uma fonte natural", diz Stefan Gates, apresentador de TV e autor de livros sobre gastronomia e alimentos. "Isso não significa que ela já não esteja altamente processada quando chega à sua comida ou bebida… mas é isso (produtos 'naturais') que todos querem agora'".

Mas ainda não se sabe ao certo os efeitos a longo prazo dos adoçantes como a estévia, o que faz com que surjam temores. Um deles é de que o adoçante afete hormônios relacionados à atividade cerebral. Em comparação com a estévia, os adoçantes artificiais sintéticos, como o aspartame ? usado em bebidas como a Coca-Cola Diet ? têm sido alvo de controvérsias há muito tempo.
O aspartame já foi ligado ao câncer, e embora não tenha havido provas conclusivas, as pessoas se mantêm receosas quanto à palavra "artificial" em questão de alimentos, diz o apresentador e escritor Stefan Gates.

Fonte: Terra