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Servidores anunciam paralisação e participam do #vemprarua

Geral

21.06.2013

Os servidores estaduais da saúde se reuniram na manhã desta quinta-feira (20) em assembleia para discutir os próximos passos da campanha salarial. Na ocasião ficou determinado que no dia 11 de julho, a categoria realizará uma paralisação de advertência, com assembleia marcada no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel e em seguida sairão em caminhada até a governadoria. Para o dia 25 de julho, a categoria aprovou ainda um indicativo de greve, caso as reivindicações não sejam atendidas. Além disso, os servidores da saúde decidiram que irão apoiar e participar do ato unificado nacional contra o aumento da tarifa de transporte público, que será realizado na tarde desta quinta-feira (20), em Natal.

A coordenadora-geral do Sindicato dos Servidores da Saúde do RN (Sindsaúde-RN), Simone Dutra, explicou que a pauta de reivindicações foi entregue ao Governo do Estado desde o dia 22 de maio, mas ela conta que até o Executivo Estadual não apresentou nenhuma proposta a respeito dos pontos apresentados. Na próxima quarta-feira (26) haverá a primeira reunião dos servidores com representantes do Governo do Estado.

“Até agora o governo não sinalizou. O secretário estadual de Saúde não nos recebeu nenhuma vez. Dia 11 vamos fazer uma paralisação de alerta para o Governo, mostrando que, se o Governo não atender as novas reivindicações, a categoria entrará em greve em agosto. Apresentamos uma pauta com 19 pontos e até agora o Governo não se pronunciou sobre absolutamente nada”, afirmou a coordenadora do Sindsaúde-RN.

Os servidores pedem o cumprimento da Lei 333, que estabelece o Plano de Cargos, de Carreiras e Remuneração (PCCR), com a garantia do internível de 3% em todas as tabelas salariais, extensão do salário-base a partir de julho aos servidores municipalizados, pagamento de 22% da Jornada Especial e na GAE para os aposentados, retroativo a setembro de 2012 e publicação da mudança de nível de cerca de 100 servidores referente a 2011.

Além disso, o Sindicato pede a antecipação dos 25% de incorporação da Jornada Especial e da GAE de fevereiro de 2014 para novembro deste ano, incorporação dos 50% restantes das gratificações no salário-base em março de 2014, revisão e cumprimento do PCCR, reativação da comissão de revisão da lei de gratificação de produtividade, criação de projeto de lei que amplie o auxílio-transporte, garantia dos direitos legais dos técnicos de raio-X, retirada dos servidores do prédio da Sesap, criação de creches por unidades de saúde, eleição para diretores de unidades de saúde, levantamento do déficit de profissionais da saúde do Estado, convocação dos concursados e a realização de novo concurso público, não municipalização do Centro de Saúde Reprodutiva, estatização do Hospital da Mulher, em Mossoró, dentre outras reivindicações.

De acordo com Simone Dutra, coordenadora-geral do Sindsaúde-RN, o silêncio do governo é um termômetro para a categoria. “Demonstra descaso com os servidores. Estamos todos no limite e não vamos aceitar a desvalorização e a falta de respeito impostas pelas condições atuais de trabalho”, explica Simone. A sindicalista também defende a isonomia salarial entre os profissionais dos três entes federativos. Um técnico de enfermagem do Estado, de acordo com o PCCR, recebe menos que um salário mínimo, enquanto que o mesmo profissional do Município recebe por volta de R$ 1,2 mil e o federal por volta de R$ 1,9 mil.

“Queremos salário nivelado com o município e o Governo Federal. Dos trabalhadores do SUS no RN, os do Estado são os que recebem os menores salários. Queremos isonomia e não vamos admitir essa diferença astronômica. Hoje, os servidores estaduais da saúde estão trabalhando mais e fazendo mais plantões eventuais para viver mais, porque o que estamos ganhando não dá para os servidores viver”, desabafou a sindicalista.

Em relação ao apoio à manifestação, a coordenadora explicou que o Sindicato formou um grupo com os próprios servidores, para servir de apoio aos manifestantes que precisem de primeiros socorros. A Brigada da Solidariedade contará com enfermeiros e técnicos que estarão identificados com coletes. O sindicato busca uma ambulância, para casos mais graves ou que precisem de remoção.

“Vamos participar porque essas manifestações não são apenas por transporte público de qualidade, mas sim por todas as questões, inclusive a saúde. Pagamos altos impostos, principalmente a classe trabalhadora, e não há retorno. Vamos hoje juntar todas as nossas bandeiras e somar esforços nessa luta”, afirmou Simone Dutra.

 

Fonte: Jornal de Hoje