Servidores da Saúde mantêm greve e apresentam contraproposta ao Governo
Geral
12.08.2013
Data: 10 agosto 2013 – Hora: 17:43 –
Por: Portal JH
Apesar de o Governo do Estado ter recebido uma comissão de servidores na quinta-feira passada, dia 8, os servidores decidiram, em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (9), dar continuidade a greve que foi iniciada no dia 1º de agosto. Cerca de 400 servidores participaram da assembleia e definiram que na próxima semana as mobilizações serão intensificadas. Na próxima terça-feira (13), os grevistas sairão em caravana em direção ao município de Mossoró, com a finalidade de suspender as atividades do Hospital Regional Tarcísio Maia. Na quinta-feira da próxima semana, dia 16, os servidores realizaram um ato em conjunto com a Polícia Civil, que também está em greve, e com os professores, que entram em greve a partir da próxima segunda-feira (12). Semana passada, a governadora Rosalba Ciarlini pediu, em entrevista a uma emissora de TV local, que os servidores estaduais de saúde “usassem do bom senso e acabassem com a greve”. No entanto, os servidores responderam ao pedido de suspensão da greve com uma contraproposta. “O governo nos ofereceu a devolução do que nos havia tirado em julho. Mas nós não entramos em greve por isso. Isso nem estava na pauta. É obrigação”, afirma a coordenadora geral do Sindicato dos Servidores Estaduais em Saúde (Sindsaúde/RN), Simone Dutra. Na última quinta-feira, uma comissão de servidores foi recebida pelo secretário estadual de Administração, Álber Nóbrega, e o canal de diálogo junto ao Governo do Estado e a categoria foi aberto. Na reunião, o Governo se comprometeu em pagar na folha do mês de agosto, retroativo ao mês de julho, a incorporação da gratificação de 25% ao salário, como prevê o Plano de Cargos e Salários dos servidores da Saúde. Além disso, o governo também prometeu corrigir o desconto que foi feito de um terço de férias de alguns servidores. No entanto, esses pagamentos não constavam nas reivindicações da categoria. Em relação aos 19 pontos de reivindicações da categoria, ficou definido que será formada uma comissão para revisar o Plano de Cargos e Salários, em um prazo de 45 dias. Essa decisão engloba seis pontos da pauta de reivindicações. “A criação de uma comissão é muito positivo, pois precisamos fazer uma revisão urgente nas distorções que existem. Essa comissão é importante, mas não dá pra sair da greve com isso. Até porque durante três meses eles não nos receberam. A negociação só ocorreu depois que a greve começou”, afirmou Simone Dutra. Os servidores apresentaram uma contraproposta, com cinco pontos para cumprimento imediato, enquanto se negocia a pauta completa. Eles exigem devolução imediata do que foi tomado em julho; aplicação da tabela salarial calculada pelo Dieese; pagamento dos 22% aos aposentados, como os demais; convocação imediata de 380 concursados e manutenção da comissão criada para rever o PCCR. O Sindicato vai comunicar ao governo a decisão. “Esperamos que atenda estes pontos. Além do salário, estamos exigindo a convocação dos concursados. Não dá pra ficar com um técnico de enfermagem cuidando de 17 pessoas. Isso é assim todos os dias, não só na greve”, afirma Simone. Na próxima quinta-feira (15) está marcada a primeira reunião da comissão de revisão do Plano de Cargos. Dentro dos pontos reivindicados pelos servidores da saúde está o cumprimento da tabela, o reajuste mais as gratificações para os aposentados e a convocação de concursados. Reprodução: Jornal de Hoje