Três meses após o fim da greve dos servidores da Saúde estadual, a categoria resolveu paralisar novamente as atividades alegando que o Governo do Estado descumpriu o acordo feito. Em uma assembleia na manhã desta quinta-feira (5), o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde) decidiu que paralisa as atividades a partir da próxima terça-feira (10).

De acordo com o Sindsaúde, o governo não dá garantias sobre o pagamento dos 22% das gratificações aos aposentados, adiou o pagamento da correção do internível dos servidores do nível superior e ainda não enviou o projeto de lei com a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações para ser analisada na Assembleia Legislativa ainda este ano. “O governo não cumpriu a palavra. Suspendemos a greve com esse compromisso e depois eles informam que não irão cumprir”, afirma Simone Dutra, coordenadora-geral do Sindsaúde.

No início da tarde, os servidores estiveram na sede da Sesap e conseguiram conversar com o secretário de Saúde, Luis Roberto Fonseca. Segundo a assessoria de imprensa do sindicato, a justificativa da secretaria para não cumprir o acordo seria a falta de recursos financeiros.

Porém, o secretário de Saúde afirma que o retorno à greve é uma medida política do sindicato e que a secretaria foi invadida hoje de forma agressiva pelos servidores. Para ele, esse não é um momento propício para paralisação, já que houve uma reunião na terça-feira (3) e que não foi sinalizado greve. “De forma inadequada, o sindicato opta pela greve e pôr fim no diálogo. É um posicionamento claramente político e não em defesa do servidor”, disse.

Reprodução: Tribuna do Norte