Greve afeta diversos setores do HWG
Geral
11.12.2013
Apenas 30% dos funcionários nos hospitais estaduais foram trabalhar ontem. Enfermagem, nutrição, serviço social, maqueiros, limpeza e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) são alguns dos setores afetados pela paralisação. No Hospital Walfredo Gurgel, segundo a assessoria de imprensa da unidade, apenas a área de politrauma, que contem contava com nove pacientes internados, não sofreu com a greve porque os funcionários não aderiram. Mas no quarto andar, dos sete técnicos de enfermagem, apenas quatro assinaram o ponto ontem.
Na unidade, mesmo com a greve dos funcionários da Safe, que presta serviço de limpeza e sede os maqueiros ao hospital, e a própria paralisação dos servidores estaduais, o setor de nutrição vem sendo o mais prejudicado. Desde sábado, com o anúncio de greve por parte dos terceirizados, a alimentação vem sendo feita de forma precária. Apenas pacientes vinham tendo as refeições, mas servidores e acompanhantes não estavam ganhando alimentação. Ontem, os pacientes só não entraram na lista porque as nutricionistas da unidade resolveram preparar a comida dessas pessoas.
Ao todo, na maior unidade hospitalar do Estado, são 1.800 servidores que trabalham em regime de escala. Destes, 550 são técnicos de enfermagem. Quanto aos terceirizados, são 178 trabalhadores da Safe, sendo 76 do setor de limpeza, 51 da nutrição, 14 da lavanderia, 28 maqueiros e nove da manutenção. Todos também trabalham em regime de escala.
A nova paralisação ocorre após os servidores da saúde passarem 34 dias, entre agosto e setembro deste ano, em greve. Segundo o Sindsaúde, os termos do acordo celebrado na última negociação foram descumpridos e as negociações com a administração pública para forçar o cumprimento das cláusulas não avançaram e continuam assim.
“A adesão está muito boa, tanto no interior quanto na capital, acima da expectativa. Amanhã vamos ao Walfredo Gurgel, às 9h e na quinta-feira provavelmente faremos um ato na Assembleia Legislativa. Na sexta-feira teremos uma assembleia para definirmos os rumos do movimento”, disse a diretoria geral do sindicato, Simone Dutra.
Terceirizados
Segundo Domingos Ferreira, presidente do Sipern, enquanto as empresas não pagarem o que deve aos funcionários terceirizados, a greve continua. E ainda adianta que, caso o 13º salário não saia até o dia 20 deste mês, a categoria continua de braços cruzados.
“O Governo não repassou o dinheiro às empresas e elas afirmam que não podem pagar. Todos mês está acontecendo isso e avisamos que se no dia 20 não nos pagarem o 13º, vamos parar de novo no dia 21”, adiantou o sindicalista. Segundo ele, hospitais como Walfredo Gurgel, João Machado, Giselda Trigueiro, Maria Alice, Santa Catarina, Ruy Pereira, Hemonorte, Centro de Reabilitação Infantil (CRI) e todas as unidades regionais, estão com o serviço prejudicado. Em todo o RN, a empresa Safe mantém 850 funcionários e a JMT cerca de 700 trabalhadores dentro de hospitais.
Fonte: Tribuna do Norte