Sesap tenta acordo na ortopedia
Geral
19.12.2013
Uma nova reunião dos ortopedistas do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, desta vez com a Secretaria de Estado da saúde Pública (Sesap), está agendada para o fim da manhã de hoje (19), para discutir as escalas de plantão da especialidade.
A equipe de ortopedistas do HWG voltou a se reunir no início da noite desta quarta-feira (18) para encontrar uma solução para não deixar descoberto o serviço de atendimento da unidade hospitalar. De acordo com o Chefe do setor de ortopedia, Amaro Alves, o grupo pretende cumprir a recomendação do Ministério Público, publicada nesta terça-feira (17), mas para isso é necessário que o Governo coloque mais profissionais à disposição.
“Para exercer esta recomendação teremos de trazer novos ortopedistas: transferindo médicos do interior, mesmo que temporariamente; através de concurso, onde não há mais ninguém para ser chamado ou pela cooperativa, que não teria tempo hábil. Por isso a necessidade de entrarmos em um acordo com a Sesap”, declarou Amaro.
A recomendação do Ministério Público exige o cumprimento integral da escala de trabalho publicada no Diário Oficial do RN, pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), sob pena de responsabilização administrativa, civil e criminal de cada profissional envolvido.
Nesta última semana flagrou-se a elaboração e cumprimento de uma escala paralela à escala preparada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) em função do pedido de exoneração de quatro médicos que compunham a equipe. Para o Ministério Público a escala alternativa, com três médicos por turno de plantão, era insuficiente para completar a escala de profissionais até o final de dezembro, podendo ocasionar ausências em vários dias de plantão.
“O setor de ortopedia do HWG ocupa metade do quadro do hospital. Não tem como cuidar da demanda com dois ou três médicos. O correto seria cinco profissionais por escala. Nós queremos obedecer o mínimo, que seria de 3 ortopedistas por turno. Porém, pelo quadro atual, a partir de 21/12 todos já teriam cumprido suas horas, não havendo plantonistas”, destacou Amaro Alves.
A escala emergencial elaborada pela Sesap estabelecia a alternância de dois e três ortopedistas por plantão. “Entendemos que a escala ideal é a de três plantonistas, mas essa foi a forma emergencial para fechar a escala até o final de dezembro e a população não ficar desassistida a partir do dia 22, por falta de médicos”, informou Camila Costa, da Coordenadoria de Operações de Hospitais e Unidades de Referência (Cohur).
Reprodução: Tribuna do Norte