Ministério da Saúde adotará nova política de tratamento
Geral
30.12.2013
Ministério de Saúde anunciou, na semana passada, uma nova política do programa de combate à aids. A partir de agora, o portador do vírus receberá tratamento com antirretrovirais no Sistema Único de Saúde (SUS) assim que receber o teste positivo no HIV. “O objetivo da medida é reduzir as possibilidades de transmissão e oferecer melhor qualidade de vida ao paciente”, explicou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Jarbas Barbosa.
Atualmente, a indicação para início da terapia ocorre somente quando o paciente apresenta sintomas da doença, como perda de peso, febre, diarreia e fadiga. De acordo com Barbosa, o tratamento reduz a carga viral e diminui a propagação do HIV.
A estimativa é incluir mais 100 mil pessoas no tratamento, em 2014, com a mudança de protocolo. Desde o início da oferta de antirretrovirais pelo sistema de saúde, há dezessete anos, 313 mil pessoas foram atendidas. “Esse novo protocolo clínico mudará a história da epidemia da Aids no Brasil”, disse o secretário, sobre a mudança no tratamento.
O Ministério da Saúde também informou que está adotando como teste o medicamento 3 em 1 – três remédios diferentes em um só comprimido – no Rio Grande do Sul e no Amazonas. Outra medida anunciada foi o estudo para ampliação da profilaxia contra a doença na rede básica de saúde.
A meta é oferecer medicamento de prevenção, que deve ser tomado em 72 horas após a provável exposição ao HIV. O Brasil voltou a liderar o ranking mundial no tratamento da Aids, mas segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, vencer o estigma é o principal desafio. “As pessoas não podem ter vergonha de fazer o teste”, disse ele. No Brasil, a aids está concentrada em populações que vivem em situação de maior risco e vulnerabilidade.
Reprodução: Tribuna do Norte