Servidor denuncia ambiente insalubre e insegurança no Hospital João Machado
Geral
06.08.2014
Um servidor do Hospital Colônia João Machado reclamou que maqueiros e recepcionistas que atuam na clínica médica, inaugurada há dois meses, não possuem espaço adequado para o descanso, dentro da unidade. Ele afirmou que os dormitórios destinados às categorias são insalubres, sem privacidade e próximos aos entulhos, metralhas e um matagal, que atraem ratos, baratas, escorpiões e mosquitos. E que ainda convivem com a falta de segurança no local.
“As obras terminaram, mas para nós, ficou destinado um espaço insalubre, que não tem as mínimas condições de descanso e dignidade. Somos trabalhadores como os demais, merecemos um espaço digno, mas o que nos foi destinado é precário, cheios de problemas estruturais, sujo, sem portas e perto dos restos de materiais das obras, que atraem toda sorte de insetos e ratos. E a direção e o secretário de saúde sabem das nossas dificuldades, mas não fazem nada”, denunciou o maqueiro João Batista.
Ele disse que na semana passada, um dos servidores encontrou um escorpião amarelo dentro do banheiro, que ainda está inacabado e que até caramujos africanos podem ser localizados na parte externa da clínica médica, próximo à casa dos gases. Batista afirmou ainda que a metralha está abandonada na área externa da unidade desde o final das obras, em maio passado. E que eles ainda convivem com a falta de segurança no local.
“Não tem vigilantes aqui e o hospital permanece aberto 24h, ou seja, quem quiser entrar aqui, entra e não é barrado. Também há uma área atrás do prédio onde são abandonados móveis e equipamentos que não são mais usados, como camas, colchões, armários e cadeiras velhas, lixo e resto de metralha. Infelizmente, não sei o porquê deste descaso com as nossas categorias, porque somos servidores também e merecemos um tratamento digno”, desabafou o maqueiro.
Batista afirmou ainda que as reclamações já foram comunicadas à direção da unidade hospitalar desde a abertura da clínica médica, que atende a uma demanda do Hospital Walfredo Gurgel, mas que até o momento, nada foi feito para resolver a situação. “Eles disseram que iriam resolver, tirar o lixo e entulho, mas até agora nada. Enquanto isso, somos obrigados a descansar em um ambiente insalubre, com insetos e sem banheiros próprios”, falou.
Direção desconhece reclamações
Questionado sobre as reclamações feitas pelo servidor, o diretor técnico do Hospital Colônia João Machado, Bruno Magalhães, disse que os entulhos e restos de obras devem ser retirados do local o mais breve possível. Já sobre a falta de local apropriado para descanso, ele afirmou que desconhece as denúncias e que o local possui quarto com banheiro e copa para os funcionários, divididos de acordo com as funções de cada um. “Infelizmente, a empresa que fez as obras da clínica médica entregaram o serviço sem fazer a remoção da metralha e restos das obras, alegando que isso não estava explicitado no contrato feito com o Governo do Estado. Por causa disso, estamos lutando para resolver essa situação o mais breve possível, contornando como podemos. O Hemonorte, que é nosso vizinho, já nos ajudou retirando uma parte do entulho, mas ainda tem muito resto de material para ser levado”, explicou.
Magalhães disse ainda que faltam alguns reparos pontuais a serem feitos na estrutura da clínica médica, mas que isso não compromete a qualidade dos serviços ou a segurança e bem estar dos funcionários, como foi reclamado por João Batista. “Temos uma boa área de convivência, que ainda está passando por adequações e que podem ser usadas tanto por pacientes ou servidores em horário de descanso. Não encontramos motivos para essas reclamações”, afirmou.
Reprodução: Jornal de Hoje