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Simpósio discute o controle da sífilis na região oese

Geral

16.10.2014

Com o objetivo de chamar a atenção para a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento da sífilis, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), através do Programa Estadual DST/Aids e Hepatites Virais, em parceria com a Secretaria de Saúde de Mossoró, promove nesta quinta-feira (16) o 1º Simpósio “Sífilis em Mossoró: tendências e desafios para prevenção e controle”. As aulas expositivas e debates acontecem das 8h30 às 17h, no auditório da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), em Mossoró.

O evento pretende chamar a atenção de gestores da região oeste, profissionais e estudantes da área da saúde para as ações de enfrentamento a esta doença que está em crescimento e tem preocupado as autoridades sanitárias no Brasil e no mundo.

“Vamos apresentar as informações que retratam o quadro epidemiológico da sífilis no RN, e também o relato da experiência positiva de Sobral, no estado do Ceará, na descentralização dos testes rápidos para diagnósticos da sífilis e HIV na Atenção Básica. Também promoveremos vários debates de forma a provocar a reflexão sobre a responsabilidade que cada um tem na eliminação da sífilis”, explica Handrezza Siqueira, responsável técnica pelo Programa da Sífilis na Sesap.

O evento faz parte da mobilização estadual que o Programa DST/Aids e Hepatites Virais vem promovendo durante todo o mês, para comemorar o Dia Nacional de Combate a Sífilis, em 18 de outubro. As ações pretendem chamar a atenção da população e profissionais sobre a importância do diagnóstico precoce da doença, por meio do Teste Rápido, e como esse resultado interfere na eficácia do tratamento. Para isso, a Sesap disponibilizou 10 mil testes rápidos de sífilis para todas as Regiões de Saúde.

De acordo com Sônia Cristina Lins, responsável técnica pelo Programa de DST/Aids e Hepatites, “neste mês o serviço ficará acessível à população através das Unidades Básicas de Saúde, dos Serviços de Assistência Especializada (SAE), e em postos montados em locais de grande movimentação de pessoas como praças e feiras. Esses testes são exames de triagem sorológica, ou seja, há necessidade de exames laboratoriais complementares para o diagnóstico. Portanto, para os casos positivos, os profissionais de saúde encaminham o paciente para realizar os exames confirmatórios para iniciar o tratamento. Passado o período de mobilização, quem tiver interesse de realizar o teste deve procurar uma UBS ou SAE no seu município”, explicou.

A doença
A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum, pode ser transmitida através do sexto sem proteção, por transfusão de sangue e também pode passar da mãe para o feto durante a gravidez ou no parto, causando a sífilis congênita, que poderá afetar a criança durante seu desenvolvimento. Se não for tratada precocemente, pode comprometer vários órgãos como olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso.

Ela se manifesta em três estágios: sífilis primária, caracterizada pelo aparecimento do cancro duro, lesão ulcerada, única e indolor nos órgãos genitais que desaparecem espontaneamente e não deixam cicatrizes, além de gânglios aumentados e ínguas na região das virilhas. A sífilis secundária, com o aparecimento de manchas na pele, geralmente nas mãos e pés, manifestações que também podem regredir sem tratamento, embora a doença continue ativa no organismo e a fase terciária, com o surgimento de alterações neurológicas, cardíacas e cardiovasculares. O tratamento é simples e realizado com antibiótico, especialmente a penicilina. Sua prevenção é realizada através do uso de preservativos nas relações sexuais e, para a sífilis congênita, da realização do rastreamento para a sífilis no pré-natal.

Números
Segundo dados do Boletim Epidemiologico DST/Aids e Hepatites Virais da Sesap, no Rio Grande do Norte, foram registrados 699 casos de sífilis adquirida de 2011 a 2013, os quais 60% ocorreram em mulheres e 40% em homens. A faixa etária predominante foi a de 20 a 29 anos, com 30% dos casos notificados, seguida da faixa etária de 30 a 39 anos com 25%. Em relação à Sífilis em gestantes, foram notificados 1.187 casos no Rio Grande do Norte entre 2007 e 2013, com predominância na faixa etária de 20 a 29 anos (55%). 

Fonte: Assessoria Sesap