A Secretaria Municipal de Saúde prepara a reabertura da Maternidade Dr. Leide Morais para o próximo mês de fevereiro, segundo anunciou na última sexta-feira (30) em entrevista coletiva à imprensa o secretário municipal de Saúde, Cipriano Mais de Vasconcelos. O secretário está deixando o cargo e será substituído pelo também médico Luiz Roberto da Fonseca já na próxima segunda-feira.

Cipriano Maia, fazendo uma prestação de contas da sua gestão, disse que deixava o cargo por motivos pessoais e que voltará à sala de aula na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, onde é professor. Disse em relação à maternidade Leide Morais, ter um sentimento misto de frustração e do dever cumprido: não deixou a maternidade funcionando, mas conseguiu vencer os problemas burocráticos que retardaram a reabertura da unidade.

A maternidade Leide Morais passou por obras de reforma e voltará a atender a população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS) em estrutura física totalmente recuperada. Ainda sem uma data precisa para acontecer, a unidade de saúde vai abrir suas portas com 50% da sua capacidade e atingirá a plenitude gradativamente.

A maternidade passou por obras de recuperação de toda a cobertura, sanando os problemas de infiltrações, ganhou piso cerâmico em toda a unidade e, no Centro Cirúrgico, trocou o piso antigo por vinílico em manta, que é o mais indicado. As suítes, a recepção e a cozinha também foram totalmente recuperadas, assim como o forro e as instalações elétricas e hidráulicas.

As portas foram trocadas por novas e foi realizada a pintura interna e externa da unidade, além de instalados novos aparelhos de ar condicionado para climatizar os ambientes. A reforma da Maternidade Dr. Leide Morais está de acordo com as normas da Vigilância Sanitária e terá a reorganização dos serviços para a instalação da Classificação de Risco em Obstetrícia, método que norteia a precisão no atendimento, priorizando-o de acordo com a gravidade.

Na fase inicial da reabertura, a maternidade contará com aproximadamente 24 leitos, sendo 15 PPP (pré-parto, parto e pós-parto), seis de alojamento conjunto e três leitos clínicos obstétricos para atendimento em curetagem, infecções de puérperas e de recém-nascidos, entre outros. O Centro Cirúrgico terá duas salas, sendo uma para curetagens e a outra para parto Cesário. Quando estiver operando com capacidade plena, a Maternidade Leide Morais disponibilizará 36 leitos.

Além da finalização das obras, a maternidade passa por mobilização dos recursos humanos para a composição e reorganização da equipe de profissionais; por reabertura do laboratório e da farmácia; por abastecimento de medicamentos e insumos; e entrega de mobiliários e equipamentos.

A Maternidade Dr. Leide Morais suspendeu o atendimento para entrar em reforma em julho de 2013. Primeiramente, a unidade teria apenas obras de recuperação na cobertura para acabar com as infiltrações, que acarretou outros vários problemas como a danificação de todo piso, a pintura das paredes, as portas e janelas. Neste estágio, os recursos empregados foram do Tesouro Municipal, no valor de R$ 500 mil.

No segundo momento, como havia a necessidade de adequação da maternidade ao programa Rede Cegonha, do Ministério da Saúde, deu-se continuação às obras. Nesta fase, os recursos a serem utilizados, no valor de R$ 250 mil, foram administrados pela Caixa Econômica e liberados por etapa, o que gerou morosidade diante da burocracia.

Quando fechou para a reforma, a Leide Morais dispunha apenas de 18 leitos, já que os demais estavam interditados devido às infiltrações. Os 18 leitos e as equipes de profissionais foram relocados nas Maternidades das Quintas e Felipe Camarão, não diminuindo a oferta de serviço à população neste tempo em que a unidade esteve em obras. Também não pararam os exames de ultrassonografias transvaginais e o serviço de esterilização para as demais unidades de saúde do município.