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Protocolo estabelece regras para testes de investigação

Geral

21.12.2015

O teste para detectar o vírus zika deve ser feito, de acordo com o Ministério da Saúde, de preferência, nos primeiros cinco dias de manifestação dos sintomas. A partir da confirmação e caracterizada a presença do vírus na região, os outros diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas. Vale ressaltar que o vírus zika é de difícil detecção já que cerca de 80% dos casos infectados não manifestam sinais ou sintomas.

Segundo o Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia relacionada à Infecção pelo Zika, o teste deve ser feito por uma amostra de sangue, cordão umbilical ou líquor do bebê com microcefalia. Cada Secretaria estadual estabelece, de acordo com sua estrutura, em conjunto com os serviços, as amostras preferenciais para análise. O protocolo fixa os critérios para suspeita e confirmação em diferentes situações: gestantes, bebês natimortos, recém-nascidos prematuros e recém-nascidos de gestação a termo.

A suspeita é baseada na medida das dimensões da cabeça. Segue-se uma série de avaliações, com exames clínicos, de imagens, avaliação oftalmológica, auditiva e testes laboratoriais. A diretora-geral do Lacen, Maria Goreth Lins de Queiroz, explica que a sorologia para outras doenças também investigadas nos casos de microcefalia, como a dengue e chykungnya já é feita. “Atendemos a demanda de todo o Estado”, afirma. Apenas os casos de óbitos por microcefalia ou zika irão para o Instituto Evandro Chagas, que dispõe da tecnologia para o exame nesses casos.

Com as onze novas habilitações de laboratórios para o diagnóstico do zika vírus, dadas pelo MS na sexta-feira, e as cinco unidades que são referência no Brasil para este tipo de exame, já são 16 centros com o conhecimento para fazer o teste. Nos dois próximos meses, a tecnologia será transferida para mais 11 laboratórios, somando 27 unidades preparadas para analisar 400 amostras por mês de casos suspeitos de zika em todo o país.

O aumento do número de laboratórios capacitados amplia a capacidade e dar maior agilidade na detecção do vírus. O repasse da tecnologia está sendo feito pelos laboratórios sentinelas de referência da Fiocruz, localizados no Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco, São Paulo (Instituto Adolfo Lutz) e Pará (Instituto Evandro Chagas).  Em média, essas unidades realizam hoje cerca de 80 exames mensalmente no país.

O Ministério também realizou nesta semana pregão para compra de insumos (primers e sonda) para realização de 250 mil exames a um custo de R$ 645 mil. Até a primeira quinzena de janeiro, todos os laboratórios terão recebido os insumos.

Fonte: Tribuna do Norte