Atendimento no Giselda Trigueiro será restrito a partir da próxima semana
Geral
14.01.2016
A partir da próxima segunda-feira (18) o Hospital Giselda Trigueiro passa a funcionar com porta regulada. Dessa forma, a unidade que é especializada em doenças infectocontagiosas receberá apenas pacientes regulados, de modo a atender somente demandas condizentes com seu perfil.
Apesar de ser referência no atendimento a pacientes com doenças infectocontagiosas, o hospital recebe ainda muitas pessoas que chegam com problemas menos graves, como dor de cabeça, gripe ou outras doenças fora do padrão da unidade, como hipertensão e diabetes.
Segundo a diretora médica do Giselda Trigueiro, Célia Pereira, um levantamento feito revelou que entre 80% e 90% dos cerca de 1,7 mil pacientes atendidos mensalmente no pronto-socorro são de pessoas fora do perfil da unidade.
Por isso, a dirigente diz que desde 2014 o hospital vem se preparando para transformar o atendimento de aberto para regulado, mas que neste ano o plano será posto em prática.00
“O Giselda Trigueiro é especializado e deve atender apenas casos de doenças infectocontagiosas, que a rede básica não consegue atender. Mas como temos um pronto-socorro as pessoas vinham para cá para serem atendidas, virou um hábito e as pessoas preferiam vir logo para cá do que ir para um posto de saúde”, afirmou.
Após uma reunião da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) com a Secretaria Municipal de Saúde e as pastas das cidades vizinhas à capital, ficou definida que a regulação do fluxo dos pacientes será feita pelo Complexo Estadual de Regulação, que funciona na sede da Sesap, na Avenida Deodoro da Fonseca, no bairro de Cidade Alta.
A orientação é que o paciente, ao invés de se dirigir diretamente para o hospital localizado no bairro das Quintas, na Zona Oeste da cidade, deve procurar atendimento no posto de saúde ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próximos, onde passará por uma avaliação médica. A partir disso é que será definida a necessidade de o paciente ser ou não encaminhado para o hospital especializado.
Evitar superlotação
A direção do Giselda Trigueiro ainda informa que do dia 18 até o dia 31 de janeiro será feito um trabalho de conscientização com a população. Aqueles que se dirigirem à unidade serão orientados a procurar um posto de saúde da rede básica.
De acordo com a direção, atualmente são dois médicos que ficam de plantão durante a semana, equipe que não consegue atender toda a atual demanda. “Assim não temos condição de fazer um atendimento digno. Quero deixar claro que não estamos fechando as portas do hospital, mas sim melhorando o atendimento. Vamos evitar os cenários de superlotação já vistos aqui”, afirmou Célia Pereira.
Atualizado em 13 de janeiro às 14:59
Reprodução: Portalnoar.com