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BRASIL: DESCONFIANÇA // PLANOS DE SAÚDE ESTÃO NA BERLINDA

Geral

05.08.2010

DIÁRIO DE NATAL – 05-08-2010

Secção: Economia

Por: Gustavo Henrique Braga

Link:  http://www.diariodenatal.com.br/2010/08/05/economia2_0.php

Publicado no dia 05/08/10

 

DESCONFIANÇA // PLANOS DE SAÚDE ESTÃO NA BERLINDA


Hoje é o Dia Nacional da Saúde. Porém, há pouco para se comemorar. Uma pesquisa elaborada pelo instituto Ipsos, em parceria com a Reuters, revela que 62% dos brasileiros desconfiam que teriam dificuldade para conseguir serviços de assistência de saúde com qualidade a preço acessível, caso um membro da família ficasse doente. Quando considerada a média de 22 países pesquisados, o temor cai, atingindo 52% dos entrevistados. O resultado veio para reafirmar o cenário de insatisfação com o setor no país. Pelo décimo ano consecutivo, as queixas referentes aos planos de saúde lideram o ranking de reclamações do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Os itens mais questionados são negativa de cobertura, reajustes abusivos e má prestação do serviço. Com relação ao preço, a própria Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é alvo de ações movidas pelo Idec e pelo Ministério Público, cobrando mais transparência quanto aos critérios adotados para definir os aumentos anuais. "Apesarde autorizados pela agência reguladora, os reajustes pela forma como são determinados atualmente são abusivos. Não há transparência e são adotados de forma unilateral, com prejuízo para o consumidor", criticou Juliana Ferreira, advogada do Idec.

A pesquisa, com mais de 23 mil entrevistados, mostra que japoneses (85%), húngaros (83%), russos (71%) e sul-coreanos (71%) são os mais inclinados a indicar que seria difícil para um membro muito doente da família conseguir serviços de assistência médica de qualidade a um preço acessível. Na outra ponta, os cidadãos que vivem na Suécia (75%), na Bélgica (70%), no Canadá (69%) e na Holanda (69%) são os mais inclinados a indicar que seria fácil consegui-lo. Dos pessimistas, 55% são mulheres e 33% têm menos de 35 anos. Com relação à renda, 56% estão na base da pirâmide social.