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Brasileira deu apoio em epidemia de ebola: 'energia vem dos sobreviventes'

Geral

22.10.2014

Psicóloga Julia Bartsch ficou duas semanas entre Guiné e Libéria.
Ela deu suporte psicológico a profissionais do Médicos sem Fronteiras.

A psicóloga paulistana da organização Médicos sem Fronteiras (MSF) Julia Bartsch voltou para o Brasil há 21 dias, depois de trabalhar durante duas semanas na Guiné e na Libéria, onde há transmissão intensa de ebola. Na África Ocidental, ela deu suporte psicológico a profissionais do MSF de várias partes do mundo que tratam pacientes infectados pelo vírus.

Em entrevista ao G1, ela contou sobre as principais dificuldades enfrentadas pelos membros da organização, que encaram jornadas de trabalho de mais de 12 horas diárias, não têm fim de semana e lidam com a morte diariamente. Leia os principais trechos da entrevista:

Você deu suporte psicológico aos membros do MSF em Conacri,  na Guiné, e em Monróvia, na Libéria. Quais as principais preocupações desses profissionais?
Em geral, são os cuidados diários para seguir o procedimento e não ser infectado. Ninguém pode se tocar em momento algum. A última coisa que se quer é ficar doente. E também o cansaço. Muitos deles relataram muito cansaço e excesso de trabalho. Tem poucas organizações que estão atuando nesses países. Isso tem muito a ver com o pedido que o MSF tem feito para que os estados possam intervir com profissionais qualificados que possam atuar nesses países.

E também a questão de lidar com a morte constantemente. De cada 10 pacientes, mais ou menos 6 acabam morrendo. É uma carga de trabalho bastante pesada, por isso eles ficam de 1 a 2 meses, caso contrário não seria possível aguentar.

Fonte: G1.com