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Células de sistema imune podem prevenir contaminação por herpes, diz estudo

Geral

03.09.2014

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou por meio da assessoria de imprensa não ter sido notificada sobre a decisão da Justiça de Minas que determinava a liberação de medicamento que leva em sua fórmula o principal componente da maconha, o Tetraidrocanabinol (THC).
A agencia afirma que quando for oficialmente comunicada encaminhará uma notificação para a liberação do produto importado pela paciente.
Esta é a primeira vez que a Justiça determina que a Anvisa libere um remédio a base de THC, uma substância proibida no Brasil. Este ano, decisões semelhantes foram proferidas pela Justiça para permitir a liberação do canabidiol, outra substância derivada da maconha, que igualmente figura na lista de proscritos, mas sem efeito psicoativo.
Uma pesquisa realizada pela Universidade Yale, nos Estados Unidos, descobriu que uma rede de linfócitos (células de defesa do governo) é capaz de evitar novas infecções de herpes genital, após testes feitos com camundongos fêmeas. O vírus do herpes genital, conhecido como herpes simples ou herpes tipo 2, é transmitido durante o sexo ou pelo contato com as feridas causadas pela doença.

A descoberta pode ajudar na criação de novas vacinas contra DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), como o HIV, e melhorar a eficácia da própria vacina existente contra o herpes. A pesquisa foi publicada na revista "Science Express", da Universidade Yale, na última quinta-feira (28) de agosto.
A pesquisa de Akiko Iwasaki e Norifumi Iijima, professores da Faculdade de Medicina de Yale, descobriu que isso acontece porque essa rede de linfócitos, ou seja, um grupo específico de células brancas do sangue, ajuda a reter outros tipos de células que também protegem o organismo, conhecidas como células T, encontrados na vagina dos roedores contaminados com herpes tipo 2.
A descoberta sugere que é exatamente a concentração de células T que inibe a nova infecção pelo vírus.

"Detetamos a rede de linfócitos estudando finas camadas de tecido vaginal de camundongos com vírus do herpes atenuado. […] Estruturas semelhantes são encontradas em mulheres que tenham sido infectadas com herpes genital.", disse Iwasaki que trabalha há dez anos no estudo, em entrevista por e-mail ao UOL.

Não há vacina contra herpes genital disponível no mundo e as que já foram testadas reforçam a circulação de células T ao redor do corpo. No entanto, ainda são consideradas pouco eficazes. A proposta da professora Iwasaki é utilizar tratamentos tópicos (ou seja, com aplicação no local) para aumentar a quantidade de células T nos tecidos doentes, além de aplicar a vacina de reforço.

"Agora que entendemos o comportamento e estrutura [da resposta ao vírus], o nosso objetivo é permitir que essas células T forneçam proteção imediata contra as ameaças virais nas mucosas", disse Iwasaki

Fonte: UOL.com