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Consumismo infantil ou adulto pode virar problema de saúde

Geral

19.12.2013

O mês de dezembro é um dos mais movimentados no comércio do mundo todo. As pessoas vão às lojas e centros de compra repletos de ofertas para presentear, gastar e consumir. A magia e tradição do Papai Noel continuam alimentadas pelos pais, que saem em maratona buscando o melhor presente para satisfazer seus pequenos. As crianças, por sua vez, aguardam ansiosamente o Natal para realizar seus sonhos traduzidos em brinquedos, roupas e, nos últimos tempos, principalmente em tecnologia. Independente da idade, a mania de consumo pode se tornar um risco à saúde.

É comum, principalmente nessa época do ano, cenas em lojas e shoppings de pais constrangidos pelos filhos que desejam algo e fazem de tudo para tê-lo. Nesse momento fica clara a importância dos limites na educação. O passeio pode se tornar um grande estresse para os pais que geralmente cedem aos pedidos da garotada.

De acordo com a psicóloga do Hapvida Saúde, Suelem Saraiva, é preciso manter o diálogo e à medida do possível restringir o poder de compra delas. Passeios em lojas e centros de compras não necessariamente devem ser extintos, mas é possível outro tipo de programação com eles. “Para os pequenos, existem outras atividades culturais e lúdicas sobre o Natal e que, junto com os pais, elas podem aproveitar o momento”, considera a especialista.

Saraiva explica que muitas vezes o consumismo pode ser uma forma que o ser humano encontra para suprimir o vazio existente dentro de si, caracterizado por uma carência afetiva ou emocional. Nas crianças, a profissional recomenda que esse espaço deve ser preenchido pelos pais com programações em família. “Chegada esta época do ano, considerada mágica, existe a sensação que todos os desejos podem se realizar, e tudo que você não conseguiu o ano inteiro, vai conseguir agora. Consumir, comprar é também uma forma de se presentear. Outro fator que contribui para o consumismo são as facilidades das lojas, o fácil acesso a cartões de crédito, o 13º salário”, considera a especialista.

Ainda que o consumismo das crianças seja preocupante, a psicóloga avalia que às vezes, é mais fácil controlar os impulsos consumistas de uma criança do que de um adulto. “Por, geralmente, ainda não ter o poder de compras e as facilidades de um adulto, é menos complicado para criança entender ser freada do que o adulto”, considera Saraiva. Para a especialista, a escola, junto com a família, possui papel fundamental na construção da chamada de consciência crítica nas crianças, proporcionando mudanças de valores e demonstrando as consequências psíquicas e sociais que o consumismo desenfreado pode causar nas pessoas e no meio ambiente.

Reprodução: Jornal de Hoje