3201 5491

FALE COM A GENTE

ÁREA DO COOPERADO

Coopmed/RN paralisa atividades a partir desta quinta-feira

Geral

01.12.2011

 

Publicação: 01/12/2011 09:38 Atualização: 01/12/2011 11:26

Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR

 

Em Assembleia Extraordinária realizada no último dia 24 de novembro e presidida pelo Dr. Fernando Pinto, os médicos da Coopmed/RN decidiram paralisar suas atividades em virtude do atraso dos pagamentos da Secretaria Estadual de Saúde. Os atrasados correspondem aos meses de setembro e outubro de 2011, e o prazo acordado com Secretaria Estadual de Saúde terminou nesta quarta-feira dia 30 de novembro.

As paralisações envolvem três serviços, CRO (Centro de Recuperação Operatório) do Walfredo Gurgel, parte do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência(Samu)metropolitano e ortopedia do Deoclécio Marques e iniciam a partir desta quinta-feira(1). De acordo com Dr. Fernando Pinto, em se tratando do Samu, cerca de 50% dos profissionais vinculados à cooperativa deixarão as atividades até que a secretaria estadual de saúde se posicione.

Segundo o Dr. Fernando Pinto, a paralisação das atividades está dividida em dois pontos: o atraso do pagamento que se encaminha para o terceiro com o fim de novembro e, por fim, o mais grave, a partir da informação do procurador geral do Estado, Dr. Miguel Josino, que disse que o pagamento não poderá ser efetivado em razão de irregularidades nos contratos feitos da Sesap com a cooperativa referentes às datas não cumpridas pelo Estado. “É como se os contratos não existissem”, desabafou o presidente da Coopmed.

Ainda de acordo com o Dr. Fernando Pinto, diante do impasse, a cooperativa tomou conhecimento que os pagamentos seriam regularizados pelo Estado através de indenização. “Entendemos que o esse processo seria lento, o que pode gerar uma insatisfação maior por parte de nossos empregados, que têm as suas obrigações pessoais e tributárias”, lamentou o presidente da Coopmed, que alertou sobre o aumento do desinteresse dos profissionais em continuar trabalhando para a empresa.

A coopmed aguarda a posição do secretário estadual de saúde, Domício Arruda, que participa de um evento em Brasília para uma nova posição a respeito da paralisação.

Assembleia pode agravar situação

O presidente da Coopmed ainda confirmou uma assembleia que será realizada na próxima segunda-feira (5), onde serão avaliados os contratos de média e alta complexidade, ponto considerado ainda mais alarmante e que poderá causar prejuízos a sociedade potiguar.

Segundo o Dr. Fernando Pinto, esses contratos envolvem 15 especialidades médicas, entre elas as cirurgias cardíacas e oncológicas. Nesses segmentos são realizados cerca de 2400 procedimentos por mês. “Por parte do município, estão em atraso os meses de setembro e outubro, enquanto que o Estado, que faz o complemento, deve os meses de julho, agosto, setembro e outubro”, explicou o presidente da cooperativa, que não descarta uma nova paralisação caso não exista um posicionamento do poder público.

 
Posição do Estado
 
O secretário estadual de saúde, Domício Arruda disse que o contrato foi desaprovado pelo conselho(procuradoria geral do Estado),e que por isso o pagamento seria feito através de indenizações, cuja regularização será realizada até o dia 10 deste mês.
 
Em relação a quantidade de médicos, ele destacou a situação mais delicada no setor de ortopedia do hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, que possui um quadro abaixo da demanda necessária.
 
Sobre o Samu Metropolitano, Domício disse que existem quatro equipes responsáveis pelas atividades, sendo três delas de responsabilidade do Estado, o que garante um prejuízo mínimo a população.
 
Por fim, o secretário estadual de saúde disse que o problema no Walfredo Gurgel não é alarmante, já que possui médicos suficientes para cumprirem as necessidades nos plantões e UTIs