Entre 25% e 50% da exposição solar de uma pessoa durante a vida toda acontece antes dos 18 aos 21 anos de idade

No verão, é comum se exceder no sol em busca do bronzeado perfeito. Mas não se pode esquecer dos cuidados básicos com a pele, já que a radiação ultravioleta (UV) emitida pelo sol pode provocar queimaduras e, no futuro, levar ao câncer de pele. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer de pele é responsável por 25% dos casos cancerígenos no Brasil.

Ainda conforme a entidade, entre 25% e 50% da exposição solar de uma pessoa durante a vida toda acontece antes dos 18 aos 21 anos de idade. A Sociedade Brasileira alerta que é importante usar o protetor solar em qualquer época do ano, e não apenas no verão, desde a primeira infância. Em geral, o mais indicado é o fator 30 para a maior parte da população. Ele deve ser reaplicado ao longo do dia, se a pessoa suar ou entrar na água, por exemplo.

Outras formas de proteção passa pelo uso de chapéu de aba larga ou boné, para evitar a exposição à radiação solar no couro cabeludo e na orelha. Usar óculos de sol com proteção UV – pois a radiação também causa catarata – e utilizar roupas leves que bloqueiam a entrada da luz solar são importantes recomendações.

A família da empresária Celi Francisca Gomes veio de Goiânia (GO) passar as férias em Natal e na bagagem, a matriarca conta que o protetor solar era um item que não podia faltar. “Sabíamos que o sol daqui era muito forte e como iríamos para a praia todo dia tivemos essa preocupação. As pessoas se enganam que protetor solar só é para criança, mas na verdade é para todo mundo. Independe da idade. O cuidado é com a saúde. Família unida se protege unida”, afirma a empresária.

Celi Gomes conta que em Goiânia, apesar de não ter praia, o sol também é forte e o uso de protetor solar é obrigatório. “Aqui queremos pegar um bronze com responsabilidade e com saúde. Mas lá precisamos usar protetor para evitar o envelhecimento da pele, bem como problemas futuros, como um câncer de pele”, diz.

Antes da pequena Bruna Fujii, de cinco anos, entrar na água, em Ponta Negra, a mãe Fernanda Fujii passou várias camadas de protetor solar no corpo da filha. A família veio de Brasília conhecer as belezas naturais de Natal. “Como temos criança pequena a nossa preocupação é maior ainda. Usamos um creme de proteção máxima e escolhemos vir a praia nos horários de menor incidência de raios solares para nos proteger contra o câncer de pele. O sol é muito atraente, mas tem seus riscos e devemos ficar atentos”, alerta a advogada Fernanda Fujji.

No entanto, nem todo mundo está preocupado a incidência de raios solares. Os estudantes Daniel Fellipe e Larissa Maciel disseram que esqueceram o protetor solar, mas confessaram que não costumam se preocupar com isso. “Sabemos dos riscos, mas o desejo de ficar com a cor do verão muitas vezes é maior do que a preocupação com a saúde. Sei que estamos errados. Espero que o sol de hoje não faça muito mal à nossa pele”, diz a estudante.

Daniele dos Santos, de 16 anos, trabalha a oito anos na praia de Ponta Negra vendendo protetor solar e bronzeador. É possível encontrar um protetor fator 30 a partir de R$ 30. Porém, Daniele conta que vende quatro bronzeadores para cada protetor solar. “O pessoal está muito mais preocupado em se bronzear do que cuidar com a pele. Eu até explico os benefícios do protetor, mas são pouco que se interessam. Eles não entendem que até mesmo antes de passar o bronzeador é necessário passar o protetor”, conta a vendedora.

Com o forte sol, há quem apele também para os chapéus e bonés. O senhor José Antônio, mais conhecido como Ligueirinho, trabalha na orla da praia há mais de 25 anos, vendendo os mais variados modelos de chapéus feminino e masculino e bonés. Este ano, segundo ele, em função da concorrência, as vendas estão mais fracas. “Mesmo assim a procura ainda é grande, principalmente pelas mulheres turistas, porque acham muito bonitos e ainda protegem do sol”.

Reprodução: Jornal de Hoje