Doenças causadas por Aedes Aegypt exigem cuidados redobrados
Geral
22.05.2015
A confirmação feita pelo Ministério da Saúde sobre a circulação do Zica vírus no Rio Grande do Norte e na Bahia eleva ainda mais a preocupação da população e da classe médica, principalmente no RN, estado que enfrenta epidemia de dengue com mais de 18 mil casos notificados. Assim como a Dengue, o Zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypt e os sintomas são parecidos.
Especialistas afirmam que a Dengue ainda recebe maior atenção, visto que a doença pode causar acometimentos em pessoas com baixa imunidade podendo levar a morte. “O Zika vírus raramente tende as complicações da dengue como sangramentos, acometimentos de sistema nervoso (encefalite), fígado (hepatite), coração (miocardite)”, explica o infectologista do Hapvida Alfredo Passalaqua.
O Chikungunya, que também é transmitido pelo mesmo vetor, segue sem casos confirmados no Rio Grande do Norte. “Nesta doença (Chicungunya) a febre é alta e as dores articulares são bem mais proeminentes podendo perdurar, em casos especiais, por anos e apresenta-se também por outras formas atípicas que incluem fenômenos hemorrágicos, uveíte, retinite, miocardite, hepatite e nefrite”, completa o infectologista.
A médica Karem Mendonça, pediatra do Hapvida, também enfatiza a semelhança entre os sintomas das três doenças, o que requer um diagnóstico bem minucioso para os pacientes da pediatria, visto que as crianças estão suscetíveis a muitas outras doenças. Na manhã desta quarta-feira (20), após o acompanhamento hospitalar da pequena Maria com muita hidratação e realização de hemograma, Karen deixava aliviada a mãe da criança, Kaliana Arraes, que levou a filha para o pronto atendimento depois aparecimento da manchas na pele e febre alta. O diagnóstico foi negativo para Dengue e Zika.
Para o infectologista do Hapvida é fundamental atentar para os sintomas do Zika vírus, que pode ser febre por volta dos 38 graus, dor de cabeça, no corpo e nas articulações, diarreia, náuseas, mal-estar. “A erupção cutânea (exantema) acompanhada de coceira intensa pode tomar o rosto, o tronco e os membros e atingir a palma das mãos e a planta dos pés. Fotofobia e conjuntivite são outros sinais da infecção pelo Zika vírus”, lembra Alfredo Passalaqua.
O infectologista do Hapvida destaca, ainda, a importância do paciente buscar atendimento médico para um diagnóstico preciso e consequentemente um tratamento adequado. Este é baseado no uso de paracetamol para febre e dor. As medidas de prevenção são semelhantes às da Dengue e da Chikungunya. É prudente evitar drogas como antiinflamatórios não hormonais (Diclofenaco, etc.), pois existe relatos de hemorragias que podem se agravar com essas drogas. Na dúvida o tratamento do Zika deve ser semelhante ao da dengue, visto que são doenças parecidas.
A Dengue, o Zika vírus e o Chikungunia são doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypt e além destas o Eritema Infeccioso também acomete pacientes no Brasil. O Eritema por sua vez é transmitido pelo contato com as secreções respiratórias da pessoa infectada ou verticalmente da mãe para o feto durante a gravidez.
Reprodução: Portal no Ar