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Dormir pouco ou demais no início da gravidez pode acarretar pressão alta no terceiro trimestre

Geral

19.05.2016

Um estudo realizado por médicos e professores da Universidade de Washington e publicado no dia 1° de outubro no jornal Sleep concluiu que dormir muito pouco ou além da conta no início da gravidez pode estar associado à pressão alta no terceiro trimestre. Os resultados mostraram que a pressão sistólica média de mulheres que dormiam em torno de nove horas por noite no início da gravidez era de 114 mmHg, enquanto que as mulheres que relataram dormir cerca de seis horas ou menos por noite apresentaram uma pressão de 118,05 mmHG. Em contrapartida, dormir muito também não é bom. As mulheres que relataram ter dormido em torno de 10 horas por noite apresentaram uma pressão sistólica de 118,90 mmHG. Depois de descartar fatores como idade, raça e índice de massa corporal anterior à gravidez, os pesquisadores chegaram ao resultado de que dormir pouco pode elevar a pressão sistólica em 3,72 mmHG e dormir demais em 4,21 mmHG. O estudo também encontrou uma associação entre a duração do sono e a pré-eclâmpsia, condição que envolve a elevação da pressão arterial juntamente com excesso de proteína na urina. O risco de desenvolver pré-eclâmpsia é 10 vezes maior em pacientes que dormem pouco – menos de cinco horas durante o início da gravidez. A pré-eclâmpsia pode ocorrer após a 20ª semana de gestação e deve ser monitorada de perto pelos médicos já que pode causar um grave impacto na saúde da mãe e do bebê. A pesquisa envolveu 1.272 mulheres grávidas – e saudáveis – que responderam a uma série de questões. Apenas 20% delas relataram dormir cerca de nove horas por noite no início da gravidez, quantidade considerada como “ideal”. Cerca de 55% delas disseram dormir entre sete ou oito horas por noite e 13% dormiram seis horas ou menos. Apenas 10% das grávidas entrevistadas dormiram dez horas ou mais. Segundo os pesquisadores, a duração do sono pode estar associada à elevação da pressão arterial por uma série de fatores. O sono faz com que o coração desacelere e a pressão sanguínea caia em torno de 10 a 20%. Dormir pouco, por outro lado, pode aumentar a pressão e a frequência cardíaca levando a um aumento gradual da pressão e desequilíbrio do sistema cardiovascular. A falta de sono também pode causar anormalidades nos níveis de hormônios como a endotelina e a vasopressina que desempenham um importante papel no sistema cardiovascular. Reprodução: http://saude.hsw.uol.com.br/