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Entenda a diferença entre remédios de referência, genéricos e similares

Geral

15.12.2015

O preço dos remédios é controlado pelo governo federal. Em abril desse ano, houve reajuste nos preços. Porém, agora os consumidores estão sentindo ainda mais diferença quando vão ao balcão das farmácias. Não foi novo ajuste nos preços, dessa vez é a alta do dólar que está influenciando. Para continuar com o lucro, os fabricantes diminuíram os descontos que dão às farmácias. Essas, por sua vez, diminuem o desconto dado ao cliente, portanto, o preço final aumenta. A saída para economizar pode ser escolher remédios genéricos, similares ou até mesmo da Farmácia Popular, do governo. Para entender as diferenças e qual é o melhor pra você, recebemos o médico da família Gustavo Gusso e a farmacêutica e professora da USP Silvia Storpirtis.

Genérico x similar x referência
O medicamento de referência (de marca) foi o primeiro a desenvolver e registrar aquela molécula com a indicação terapêutica. Essa marca tem o registro protegido por patente em média por 15 anos, após esse tempo é liberado para que outras marcas fabriquem um medicamento com o mesmo princípio ativo e indicação. Daí que saem os genéricos. Para estarem nessa categoria, os genéricos precisam passar por testes que comprovem a equivalência farmacêutica (mesmo remédio) e bioequivalência (mesma ação no organismo, reações adversas, tempo de ação).

Por isso, os remédios genéricos são totalmente confiáveis, são cópias de qualidade asseguradas. Por que é mais barato? Isso acontece porque esses fabricantes não inovaram na molécula terapêutica, não precisaram desenvolver testes, pesquisas e ensaios clínicos que são muito mais caros. Por isso, o preço final ao consumidor é até 30% menor.

Os similares têm esse nome porque em uma época que não tinha regulamentação, os fabricantes só precisavam provar com documentos que aquele medicamente era parecido com o de referência para conseguir registro. Após a implantação dos genéricos, os similares também precisaram passar pelos mesmos testes e comprovar a equivalência com o de marca.

A principal diferença entre o similar e o genérico é que o segundo não tem marca e o primeiro tem. A informação de que aquele medicamento é um similar está na bula e em uma lista que está disponível no site da ANVISA. Os farmacêuticos também devem ter essa informação nas farmácias.

Ou seja, atualmente, podemos dizer que os três grupos de medicamentos são seguros e, se tiverem a mesma dosagem, forma farmacêutica e princípio ativo também terão a mesma indicação.

Fonte: G1.com