ESTADO: REIVINDICAÇÕES // MÉDICOS RESIDENTES ENTRAM EM GREVE AMANHÃ
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16.08.2010
DIÁRIO DE NATAL – 16-08-2010
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Publicado no dia 16/08/10
REIVINDICAÇÕES // MÉDICOS RESIDENTES ENTRAM EM GREVE AMANHÃ
A partir de amanhã 22 mil médicos residentes de todo o país entram em greve. No Rio Grande do Norte cerca de 130 residentes irão aderir ao movimento. A categoria, que atua nos serviços ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS), luta por reajuste de 38,7% na bolsa-auxílio, congelada desde 2006 em R$ 1.916,45. Desde abril, os residentes buscam negociação com os ministérios da Saúde e da Educação sobre suas reivindicações, mas até hoje não houve proposta que assegurasse valorização dos profissionais e proporcionasse melhores condições na formação.
No mês de julho os médicos residentes do Rio Grande do Norte fizeram uma paralisação para alertar sobre a possibilidade de greve. "Como nossas reivindicações não foram atendidas nós entraremos em greve", disse Antônio Júnior, médico residente do 2º ano de Ginecologia e Obstetrícia, que atua na maternidade escola Januário Cicco.
Segundo ele, na maternidade Januário Cicco 27 médicos residentes entrarão em greve a partir de amanhã. "A maternidade certamente será a unidademais atingida, porque lá a carência de profissionais é muito grande e são os residentes que garantem o funcionamento do local. Mas o atendimento deve ser prejudicado em todos os hospitais", afirmou o presidente do sindicato dos médicos, Geraldo Ferreira. Os residentes atuam em praticamente todos os hospitais públicos do RN e o atendimento do Walfredo Gurgel, Onofre Lopes, Hospital da Polícia, Maria Alice Fernandes e Giselda Trigueiro será atingido. "Com certeza a demora no atendimento será maior e as filas para cirurgias eletivas aumentará com a greve dos médicos residentes", disse Dr. Geraldo.
Reivindicações
Além de reajuste na bolsa, a pauta de reivindicações dos médicos residentes inclui pagamento de auxílio moradia e auxílio alimentação e adicional de insalubridade, respeito ao reajuste anual, instituição da 13ª bolsa-auxílio e aumento da licença maternidade de quatro para seis meses. A decisão pela suspensão dos atendimentos por tempo indeterminado, exceção feita à prestação de serviços essenciais (urgências, emergências e UTIs), foi tomada pela Comissão de Greve da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), formada por representantes estaduais.