A vinda de profissionais estrangeiros para trabalhar por três anos em regiões carentes do Brasil está causando uma grande polêmica entre a classe médica, mas o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é favorável à medida. Em entrevista ao jornal Valor Econômico desta segunda-feira (26), FHC disse que “o estranho é o Brasil pagar e o governo de Cuba escolher quem vem”.

— Mas não acho que seja errado. Não sou contrário desde que haja uma coisa com clareza, que tenha diploma que realmente tenha valor. Agora, o resto, se for necessário… Sempre fui muito favorável a que houvesse migração, liberdade de movimento de pessoas, o Brasil precisa de gente com competência. Agora, tem que ter algum critério para saber se tem competência mesmo.

Na segunda-feira (26), tanto os médicos inscritos individualmente (brasileiros e estrangeiros) quanto os 400 cubanos contratados via acordo entre os países, começam a participar do curso de preparação, com aulas sobre saúde pública brasileira e língua portuguesa.

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O curso vai ter carga de 120 horas com aulas expositivas, oficinas, simulações de consultas e de casos complexos. Também serão feitas visitas técnicas aos serviços de saúde com o objetivo de aproximar o médico do ambiente de trabalho. Após a aprovação nesta etapa, eles irão para os municípios que escolheram.

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Os médicos formados no País iniciam o atendimento à população no dia 2 de setembro. Já os com diploma estrangeiro começam a trabalhar no dia 16 de setembro.