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HCor lidera estudo internacional para reduzir mortes em UTIs

Geral

03.08.2012

O Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital do Coração (IEP/HCor), em São Paulo (SP), encabeça o maior estudo em terapia intensiva para reduzir o número de mortes por Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA), uma das principais causas de óbitos de pacientes em UTI. O estudo está sendo realizado em 120 unidades de terapia intensiva do Brasil, Colômbia, México e Itália. Outros países, como Espanha, Chile, Argentina e Uruguai já demonstraram interesse em participar do estudo, que envolverá cerca de dois mil pacientes.

A SARA é um tipo de insuficiência pulmonar provocada por diversos distúrbios que causam acúmulo de líquidos no pulmão (edema pulmonar), sendo necessária a utilização de respiradores artificiais. Sem um tratamento imediato, a privação grave de oxigênio provocada pela síndrome causa a morte em 90% dos pacientes.

"A ventilação artificial é necessária para salvar a vida do paciente, porém produz trauma nos pulmões, pois o ar entra sob pressão positiva, causando distensão dos alvéolos", destaca o médico coordenador de atividades de pesquisa, Dr. Alexandre Biasi.

"Com a técnica que é utilizada hoje somente 50% dos pacientes sobrevivem. Com a nova técnica que está sendo testada, o hospital não tem custo adicional nenhum, pois utiliza os mesmos aparelhos, e pode conseguir um resultado mais positivo, com potencial de reverter vários casos", destaca responsável pelo IEP/HCor, médico Otávio Berwanger.

Atualmente o procedimento de ventilação mecânica em pacientes com SARA segue o protocolo ARDS Net que é seguido no mundo todo há 10 anos. O estudo está testando novas técnicas de padronização de utilização da ventilação mecânica, com o objetivo de aumentar as chances de sobrevida do paciente.

De acordo com os pesquisadores, a técnica chamada recrutamento alveolar envolve altas pressões de ar por alguns minutos, com a finalidade de abrir os alvéolos colapsados. Essa técnica é adicionada à anterior, ou seja, além de evitar a distensão pulmonar consegue a abertura dos alvéolos colapsados.

Os resultados finais do estudo serão divulgados em 2015 e caso sejam positivos, a técnica avaliada no estudo brasileiro se tornará padrão, reduzindo o número de óbitos nas unidades de terapia intensiva, de hospitais públicos e privados, de todo o mundo.

Fonte: R7