Hospital Santa Catarina ainda não sofre com a suspensão de partos da MEJC
Geral
19.07.2013
Um dia após a suspensão de partos, normais e cesáreos, na Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), a situação do Centro Obstétrico do Hospital José Pedro Bezerra (Hospital Santa Catarina) era de tranquilidade. Das 7h até às 10h da manhã desta quinta-feira (18), a unidade recebeu 10 parturientes em trabalho de parto, sendo que cinco delas já tinham realizado os partos (dois normais e três cesáreos) e uma foi encaminhada para a Maternidade Belarmina Monte, no município de São Gonçalo do Amarante, cidade de origem da gestante. No corredor do Centro Obstétrico, local onde é comum as mulheres esperarem a hora do parto em macas e cadeiras, a cena era de vazio.
O diretor administrativo do Hospital Santa Catarina, Antônio Alves, disse que ainda não houve reflexo no atendimento do hospital em virtude da suspensão do atendimento na Maternidade Januário Cicco. Situação diferente da encontrada pela reportagem d’O Jornal de Hoje quando do fechamento da Maternidade Leide Morais, em que as mulheres chegaram a realizar partos na sala de exames do Hospital Santa Catarina. Antônio Alves acredita que isso se deve ao fato de as duas maternidades do Município (Quintas e Felipe Camarão) estarem funcionando, dividindo a demanda e dando suporte ao hospital.
Antônio Alves disse que o Hospital está preparado para atender a demanda e durante esse período de suspensão do atendimento na MEJC vai trabalhar da seguinte forma: receber as gestantes, ver uma unidade onde pode atender a parturiente e, vendo a capacidade do hospital, encaminhá-la para uma unidade que disponha de vagas. Além disso, a direção disponibilizou seis leitos para pacientes com gestação de alto risco, ao lado de onde funciona o Centro Obstétrico.
“O problema muitas vezes não é fazer o parto e sim onde colocar essa mulher, já que após o parto ela tem que permanecer pelo menos 48 horas em observação. E, muitas vezes, não temos onde colocar essa mulher, pois o alojamento conjunto está lotado e não tem vaga. Hoje, por não termos vagas no alojamento, as mulheres ficam na observação dentro do Centro Obstétrico e recebem alta médica de lá mesmo, o que não devia acontecer”, afirmou. O diretor administrativo está confiante de que até o próximo domingo (21), a situação permaneça tranquila.
O diretor administrativo conta que após o fechamento da Maternidade Leide Morais, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal encaminhou profissionais que trabalhavam lá para o Hospital Santa Catarina. Foram oito pediatras para trabalharem no Centro Obstétrico, além de seis enfermeiros e 13 técnicos de enfermagem. Além disso, a SMS disponibilizou uma ambulância e um carro social para fazer o transporte de gestantes para outras unidades.
Goteiras
No início deste mês, em virtude das fortes chuvas que caíram em Natal, o Pronto Socorro Adulto do Hospital Santa Catarina sofreu com problemas de goteiras e infiltrações. A situação ficou complicada quando foi necessária a interdição da Sala Vermelha, responsável pelo atendimento de urgência e emergência dos pacientes que procuram a unidade. O problema, segundo o diretor administrativo Antônio Alves, está resolvido.
“Quando a obra do PS foi feita, alguns serviços foram feitos com problemas e as chuvas mostraram isso. O grande volume de chuva fez a água descer pelo forro. Mas o retelhamento já foi feito, a sala foi pintada e depois disso já choveu e não teve problema”, garantiu o diretor.
PSI
Desde o mês de fevereiro, a situação se repete no Pronto Socorro Infantil (PSI) do Hospital Santa Catarina. Por falta de pediatras, a unidade suspende o atendimento por volta do dia 15 a 20 de cada mês. Desde ontem que a unidade suspendeu o atendimento. Hoje, os seis leitos de enfermaria e os nove de observação pediátrica estavam vazios. Quem procurou atendimento na manhã desta quinta-feira estava sendo orientado a se dirigir até o Pronto Socorro Infantil Sandra Celeste, localizado em Lagoa Nova, zona Sul de Natal.
O diretor administrativo Antônio Alves explicou que a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) está estudando a melhor forma de garantir a prestação de serviço ou trazendo mais profissionais para a unidade, ou transferindo o atendimento para o Hospital Maria Alice Fernandes, que é referência no atendimento pediátrico no Rio Grande do Norte
Fonte: Jornal de Hoje