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HWG e Giselda vão funcionar como referência para catástrofes

Geral

22.05.2014

Dentro do Plano de Contingência preparado pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) para a Copa do Mundo, os hospitais Monsenhor Walfredo Gurgel e Giselda Trigueiro funcionarão como referência para catástrofes envolvendo agentes biológicos (vírus ou toxinas) ou químicos (ameaças nucleares ou radioativa. Entretanto, uma das unidades vai funcionar com postos de descontaminação "improvisados" e, a 21 dias do Mundial, nenhuma delas recebeu toda a estrutura necessária para o atendimento, como macacões e máscaras de proteção.

A disseminação intencional de vírus, toxinas ou componentes radiológicos e nucleares é denominado bioterrorismo. Dentro do plano de contingência da saúde, os casos envolvendo agentes biológicos serão direcionados ao Giselda, que já trabalha com doenças infecciosas; os casos de desastres químicos ou nucleares serão enviados ao Walfredo Gurgel.

#SAIBAMAIS#Entretanto, as portas de entrada dos hospitais ainda não estão plenamente equipadas para receber os casos de catástrofe com equipamentos químicos. Isso porque os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como capas de proteção, máscaras e luvas mais resistentes, que são utilizados pelos médicos durante a descontaminação dos pacientes ainda não foram disponibilizados.  

"Se eu não tenho material de proteção para a minha equipe, nós não temos como fazer o atendimento. O hospital tem capacidade e disponibilidade para fazer esse atendimento, mas se o material não chegar a tempo nós não faremos. É preciso garantir a segurança do paciente e do médico", afirmou Danyelle Dias, coordenadora do pronto-socorro Clóvis Sarinho, durante apresentação do plano de contingência do hospital aos funcionários, na manhã desta terça-feira, 20.

Tanto o Walfredo quanto o Giselda são hospitais classificados como referência para o atendimentos de QBRN (químicas, biológicas e radionucleares). Entretanto, o plano de contingência da saúde determina que os hospitais já recebam os pacientes descontaminados. Este processo ficará a cargo da Marinha do Brasil, designada pelo Governo Federal para dar suporte à saúde do Estado. A Marinha disponibilizará o posto de descontaminação nas chamadas "zonas quentes", com grande aglomeração de gente.

De acordo com Danyelle Dias, o hospital só receberá demanda espontânea de pacientes contaminados; porém, contar com os equipamentos é fundamental. "A descontaminação só será feita no hospital por demanda espontânea ou em casos graves. A previsão é que eles cheguem no hospital já descontaminados. Mas em casos de risco biológico, até que eu descubra o que é o paciente já está dentro do hospital", salientou.

Fonte: Tribuna do Norte