Médicos e representantes sindicais se reuniram no Hospital da Mulher Parteira Maria Correia para discutir sobre o futuro das atividades da unidade hospitalar. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Laboratórios e Pesquisas dos Hospitais Particulares de Mossoró (SINTRAHPAM), Luiz Avelino, afirmou que ficou a espera de um representante do Ministério Público, que não apareceu.

 

Luiz Avelino mostrou a cópia de um e-mail enviado pelo diretor do Instituto Nacional de Assistência à Saúde e Educação (INASE), Eduardo Moiolli, e do advogado Eduardo Falcão, cuja conversa tratava-se de informar sobre uma ação declaratória cumulada, com um pedido de rescisão contratual e liminar e que determine que sejam efetivados os repasses para fornecedores e prestadores, assim como os fornecedores que estão com créditos perante o Inase, e cobrando que o Estado assuma a administração do Hospital.

 

“Conseguimos essa cópia do e-mail através de um funcionário do Hospital. A nossa preocupação é a de que os salários estão atrasados desde o dia 8 de março e pelo que entendemos, a ação está ajuizada. Aconteceu o mesmo com a Marca e até hoje os funcionários ainda não receberam a rescisão, o seguro desemprego e os salários atrasados”, disse o presidente do Sintrahpam.

 

O presidente do Sindicato afirma que já informou ao Inase que a empresa terá um prazo de 72 horas, a partir desta sexta-feira, para efetuar o pagamento dos funcionários. “Caso não haja nenhuma resposta, deveremos convocar os funcionários para paralisar as atividades em protesto”, acrescentou.

 

Segundo Avelino, o Sindicato encaminhou ainda o caso à assessoria jurídica.

 

Em nota, a direção do Instituto Nacional de Assistência à Saúde e à Educação reafirma “não considerar justo que os excelentes profissionais que trabalham no Hospital da Mulher deixem de receber seus salários em dia, devido a demora da administração pública em fazer o repasse mensal ao Inase. É de responsabilidade do contratante, ou seja, a Sesap, comunicar sobre os repasses, o que ainda não ocorreu, como também a continuidade dos serviços prestados na unidade de saúde”.

 

Até o fechamento dessa edição, a reportagem do jornal GAZETA DO OESTE não obteve retorno da assessoria do Hospital da Mulher, sobre o repasse do Governo do Estado.