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Insônia na terceira idade passada a limpo

Geral

17.10.2014

Actigrafia

Apesar de experimentos mostrarem que o sono melhora com a idade, os relatos de insônia são comuns entre os idosos.

Para esclarecer essa controvérsia, a Dra. Linda Waite, da Universidade de Chicago (EUA), resolveu verificar se os "relatos" eram mesmo confiáveis.

Para isso, ela usou um aparelho chamado actígrafo, um sensor similar a um relógio de pulso que monitora os padrões de sono e movimento durante o sono.

Durante vários dias e noites ela monitorou 727 voluntários, que também usaram uma caderneta para, logo pela manhã, descreverem a sensação de sono, a impressão sobre a qualidade do sono e uma avaliação se a pessoa sentia que havia dormido o suficiente ou não.

Tirando a limpo

Cerca de 30% dos voluntários anotaram em seu diário sintomas de insônia, incluindo dificuldade em adormecer, dificuldade em permanecer dormindo, acordar muito cedo e não se sentir bem descansado durante o dia.

Mas a actigrafia de pulso revelou outra realidade, com uma clara discrepância entre os relatos e os resultados gravados no aparelho.

A percepção do sono dos idosos nem sempre coincidiu com o que está realmente acontecendo segundo a avaliação mais objetiva do sensor.

Os dados mostraram que a duração média do período de sono entre os participantes do estudo foi de 7,9 horas, considerado suficiente para um descanso adequado.

Qualidade versus quantidade

A conclusão da equipe é que os problemas sentidos pelos idosos podem ter origem na qualidade do descanso, e não na quantidade total de sono.

"Nossos resultados sugerem que os relatos do que parecem ser problemas de sono específicos podem ser vistos com mais precisão como indicadores de problemas gerais ou insatisfação com o sono, que podem ser devidos a outros problemas em suas vidas que afetam o seu bem-estar geral. O questionário e a actigrafia podem estar medindo diferentes aspectos da experiência do sono," disse a Dra Linda.

Fonte: Diario da saúde