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Justiça estadual considera paralisação na saúde legal

Geral

25.10.2013

Nesta quinta-feira, 24, o Sindsaúde foi notificado de decisão judicial, declarando a legalidade da greve dos servidores da saúde. A decisão foi tomada em resposta ao pedido de liminar feito pela Procuradoria do Município, solicitando a abusividade da greve, ilegalidade, corte dos salários e multa diária, em caso de descumprimento. A decisão também foi comunicada ao Sindas e ao Sinsenat, sindicatos que também representam servidores da saúde e que integram a greve unificada dos servidores municipais. “Não havia motivo para declarar a ilegalidade. Nossa greve tem mantido os serviços de saúde do município. A falta de atendimento nas unidades acontece todos os dias e é responsabilidade da prefeitura”, declarou Simone Dutra, coordenadora-geral do Sindsaúde. A decisão da Justiça determina que os sindicatos mantenham 50% dos servidores trabalhando em todas as unidades de saúde, básicas e de pronto-atendimento. Em caso de descumprimento, os sindicatos terão que pagar multa diária de R$ 10 mil. O Sindsaúde vinha mantendo o mínimo de 30% nas unidades de pronto-atendimento, Maternidades e no Samu. Neste último, o percentual já era de 50% ou mais, com três das seis ambulâncias básicas em atendimento, além das três unidades de UTI móvel. Na manhã desta quinta-feira, 24, os servidores do SAMU haviam decidido colocar mais uma unidade básica em circulação, ampliando para quatro das seis unidades básicas. Outras três unidades permanecem quebradas, além das seis motolâncias. Além disso, desde o início do movimento grevista, os servidores não se ausentam do local de trabalho, ficando em alerta para qualquer “código vermelho”, caso com acidentes com múltiplas vítimas, como acidentes graves de trânsito, incêndios ou desabamentos. Assembleia Os servidores realizam nova assembleia nesta sexta-feira, 25, às 9h, no Auditório do Sinpol (Av. Rio Branco, 825). Eles discutirão a decisão judicial, as próximas atividades da greve unificada, que terá uma marcha no dia 30, até a prefeitura. Negociação Após a decisão judicial, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) convocou uma reunião da Mesa Permanente de Negociação do SUS de Natal, para a próxima terça-feira, às 17h, no auditório da SMS. Na pauta, a retomada da discussão feita com o prefeito Carlos Eduardo, sobre as reivindicações dos servidores da saúde. “Esperamos que o governo avance nas negociações, que garanta o cumprimento da data-base nesta ano, recuperando os nossos salários que estão congelados”, afirmou Simone Dutra.

Reprodução: Tribuna do Norte