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Método criado pela UFRN dá resultados

Geral

21.12.2015

O Departamento de Microbiologia e Parasitologia do Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande Norte (UFRN) foi pioneiro no desenvolvimento do método ovitrampas que auxilia no monitoramento dos focos do mosquito Aedes aegypti. O resultado deste trabalho, feito em parceria com o Centro de Controle de Zoonoses de Natal, têm possibilitado estabelecer ações e estratégias de combate específicas para cada região da capital potiguar.

Alex RégisRenata Antonaci, da UFRN, desenvolveu o método ovitrampasRenata Antonaci, da UFRN, desenvolveu o método ovitrampas


A pesquisa é coordenada pela professora do Departamento de Departamento de Microbiologia e Parasitologia do Centro de Biociências da UFRN, Renata Antonaci, culminou com a criação da ovitrampas , uma espécie de armadilha que ajuda e entender onde há maior incidência do mosquito Aedes aegypt. “Instalamos a armadilha em casas nas quatro regiões da cidade. Ela é importante pois nos dá noção de como está a incidência do mosquito, indicando os locais onde temos maior concentração. Esses índices ajudam a elaborar estratégias de combate, possibilitando a prevenção de novos surtos”, explicou ela.

 

Na prática, a estrutura da armadilha consiste em um pote de plástico de cor escura, onde são colocados água e uma palheta de madeira. É nela que os mosquitos tendem a colocar seus ovos. “O ovitrampas simula um criadouro do mosquito. A fêmea do Aedes prefere colocar os ovos nesta estrutura, até pelas características (cor escura e com água parada)”, contou Renata Antonaci.

Durante uma semana, a ovitrampas acumula ovos do Aedes. Após esse período, a palheta é retirada e levada para análise em laboratório, onde é feita a contagem dos ovos. Segundo Alessandri de Medeiros, chefe do Centro de Controle de Zoonoses de Natal (CCZ), esses dados indicam onde haverá uma atenção maior no que diz respeito ao combate do mosquito.

“Quando temos uma armadilha que registrou aumento do número de ovos, normalmente em pouco mais de uma semana temos o registro dos primeiros casos de doenças, seja da dengue, da chikungunya ou do zika vírus. É um sinal de que o método de monitoramento está funcionando”, afirmou a pesquisadora.

O trabalho já começa a apresentar os primeiros resultados. De acordo com Márcia Melo, chefe de Vigilância Entomológica do CCZ, o monitoramento já identificou os bairros que apresentam o maior número de casos de doenças relacionadas ao mosquito Aedes em Natal. “Hoje sabemos que Nossa Senhora da Apresentação, na zona Norte, e Felipe Camarão, na zona Oeste, são os bairros com uma maior densidade de casos das três doenças. Desta forma, temos métodos diferentes de trabalho nesses bairros”, contou ela. “Antes, sequer sabíamos qual região da cidade apresentava maior risco”, reforçou Alessandri.

Fonte: Tribuna do Norte