MOSSORÓ: PACIENTES AGUARDAM POR LEITO NO CORREDOR DO TARCÍSIO MAIA
Geral
13.08.2010
GAZETA DO OESTE – 13-08-2010
Secção: Mossoró
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Publicado no dia 13/08/10
PACIENTES AGUARDAM POR LEITO NO CORREDOR DO TARCÍSIO MAIA
Na tarde de ontem, 12 de agosto, pacientes aguardavam uma vaga para a ocupação de leitos no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). Sentados ou deitados em macas, os pacientes aguardavam nos corredores do referido hospital. Miriam Pereira estava acompanhando sua mãe, uma senhora de 65 anos, que procurou o hospital em decorrência de uma crise de vesícula.
Miriam Pereira conta que chegou ao hospital às 15h e após às 17h a espera continuava. Ela explica que foi a um médico particular e o profissional deu o diagnóstico. Como o referido médico só realiza cirurgia pelo setor privado e ela não está em condições de pagar, o médico indicou a internação. Ela diz ainda que, no Tarcísio Maia, queriam liberar a sua mãe, mas ela se recusou. Miriam acrescenta que, por falta de leito, sua mãe teve que aguardar uma vaga em uma maca, no corredor do hospital.
Desde a quarta-feira, por volta das 18h30, Maria Dalva, 52 anos, de Assu, também esperava no corredor por uma vaga. Sentada em uma cadeira de rodas, por não suportar a dor que sentia quando deitava na maca, ela esperava que um dos leitos vagasse. De acordo com Manoela Matias Lemos, sua mãe estava com a bacia e o fêmur quebrados.
Segundo o diretor do Hospital Regional Tarcísio Maia, Marcelo Duarte, a questão não depende da administração do hospital. Para o diretor, o número de leitos existentes no Tarcísio Maia é suficiente para o cumprimento da função do hospital.
Ele afirma que o problema é decorrente de dois fatores. Em primeiro lugar, o fechamento de dois hospitais na cidade e, em segundo, a ocupação dos leitos por pacientes que dependem de cirurgias eletivas, como é o caso de acidentes de moto que ocasionam fraturas fechadas, as quais são de responsabilidade do poder público municipal. "Isso está dificultando muito o nosso trabalho", diz ele, acrescentando que se trata de pacientes que estão internados, mas já foram liberados da obrigação do Tarcísio Maia, que é um hospital de urgência e emergência.
De acordo com o diretor, muitas vezes o paciente tem alta, mas a própria família não quer ir embora e fica aguardando a medida do município.