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Movimentos contra pílula acendem debate sobre segurança do contraceptivo mais popular no Brasil

Geral

11.11.2015

Diane, Yasmin, Selene, Elani. O que parece ser apenas um amontoado de nomes aleatórios de mulheres é, na verdade, uma pequena amostra de pílulas anticoncepcionais que podem ser compradas livremente em balcões de farmácia do Brasil, sem necessidade de receita médica. Em um País com milhões de usuárias, facilidades assim são responsáveis por transformar este no mais popular método entre as quase duas dezenas de opções disponíveis nas redes pública e privada.

Para se ter uma ideia da preferência pela pílula — tanto por parte dos pacientes quanto dos médicos —, basta analisar os dados do Ministério da Saúde sobre investimentos em contraceptivos distribuídos gratuitamente no SUS (Sistema Único de Saúde). Enquanto foram adquiridas um milhão de unidades de DIU e 18 milhões de ampolas de anticoncepcional injetável, o órgão comprou mais de 77 milhões de cartelas de pílulas combinadas, aquelas que levam dois hormônios diferentes em sua composição, estrogênio e progestageno.

Trata-se, afinal, de um método contraceptivo prático, relativamente barato e com taxa de eficácia elevada — quando usado corretamente, evita a gravidez indesejada em 99,7% dos casos — o que colabora para que mulheres se sintam seguras em relação à automedicação, sem antes buscar a opinião de um médico.

O problema começa, no entanto, quando algumas das usuárias relatam efeitos colaterais graves com o uso dos anticoncepcionais. Em uma rápida busca na internet, é possível encontrar diversos depoimentos pessoais de pacientes que desenvolveram complicações como trombose e AVC (acidente vascular cerebral) após o uso contínuo da pílula, o que acende a luz de alerta para o uso indiscriminado deste tipo de medicamento.

Fonte: R7