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Município renova contratos

Geral

12.12.2013

A Secretaria Municipal de Saúde deve renovar o contrato com o Hospital Médico Cirúrgico até a próxima semana. O Hospital do Coração teve seu contrato renovado na última sexta-feira e outras instituições estão em processo de renovação. Esses são os hospitais que prestam serviço ao poder público e que, segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), sem a assinatura de novos contratos via SMS, estavam de portas fechadas aos pacientes que eram encaminhados de unidades do Estado, causando saturação dentro dos corredores dos hospitais públicos.

Na semana passada a Sesap divulgou que a não renovação, que deve ser feita pela SMS, estava transformando os corredores de unidades como o Hospital Walfredo Gurgel e o Deoclécio Marques, em espaços de internação de pacientes. Ainda segundo a pasta, os serviços de ortopedia que são de responsabilidade da SMS já não vinham funcionando como deveriam e os hospitais prestadores – Pronto-Clínica Paulo Gurgel e Hospital Memorial – paralisaram os serviços também pela falta de renovação dos contratos.

Ontem, por telefone, o secretário Municipal de Saúde, Cipriano Maia, admitiu que, na semana passada, ocorreu um atraso de pagamento a essas duas entidades (Clínica Paulo Gurgel e Hospital Memorial), mas que na última sexta-feira foi acertado o repasse e o serviço já voltou à normalidade. O mesmo ocorreu com o Hospital do Coração, que faz cirurgias cardíacas em pacientes encaminhados pela Sesap, e teve a renovação contratual fechada na mesma sexta-feira.

“A ortopedia nunca teve problemas. É uma informação inverídica. Houve um atraso de pagamento, mas nada fora do que ocorre normalmente com a burocracia. Foram alguns dias que não houve continuidade do serviço, mas resolvemos”, garantiu Maia, acrescentando ainda que no mais tardar na semana que vem será a vez do Médico Cirúrgico entrar na lista de renovações.

De acordo com ele ainda há um imbróglio quanto ao serviço de cardiologia e neurologia porque além do Hospital do Coração, que oferece o serviço, há dificuldades de renovação com o Natal Hospital Center e Incor. No caso do NHC, existe uma inadimplência fiscal que impede a renovação por enquanto. Já o Incor, que é o responsável pelas cirurgias cardíacas infantis, alega não ter condições de cobrir os custos da chamada tabela SUS. “Eles estão reclamando dos altos custos e estamos buscando ajustes junto ao Ministério da Saúde”, disse o secretário, sem repassar valores.

Ontem, a coordenadora da Central Estadual de Regulação, Maria da Saudade Azevedo, reafirmou que a relação entre SMS e prestadores de serviço vem prejudicando o atendimento nos hospitais, mas que desde a última sexta-feira a situação começou a ser normalizada.

Ontem, no Hospital Walfredo Gurgel, segundo a assessoria de imprensa da unidade, 47 pacientes estavam prontos para serem transferidos para uma unidade particular para cirurgias. Destes, 20 estavam nos corredores, três na ala pediátrica, 17 na enfermaria, cinco em casa e dois em outros hospitais. No dia anterior, só no setor de Ortopedia, esse número era de 51 pessoas aguardando transferência. Nesse mesmo dia, no Deoclécio Marques a demanda chegou a 30.

Saudade Azevedo disse que a renovação do contrato com o Hospital Médico Cirúrgico é fundamental. “Com o Médico Cirúrgico vamos dar uma respirada. Em 12 dias de mutirão uns 100 pacientes foram transferidos, mas o problema é que transferimos 10 e chegam 20. Estamos realmente com dificuldades, mas o mutirão continua”, afirmou.

Reprodução: Tribuna do Norte