NATAL: INSTITUIÇÃO QUE ATENDIA PORTADORES DE HIV EM NATAL ESTÁ FECHADA POR FALTA DE RECURSOS
Geral
04.08.2010
CORREIO DA TARDE – 04-08-2010
Secção: Correio Natal
Por: Katarina das Vitórias
Link: http://www.correiodatarde.com.br/editorias/correio_natal-56602
Publicado no dia 03/07/10
INSTITUIÇÃO QUE ATENDIA PORTADORES DE HIV EM NATAL ESTÁ FECHADA POR FALTA DE RECURSOS
A Casa de Apoio aos Portadores de HIV/Aids, única entidade de assistência a esse grupo em Natal, está fechada por falta de apoio há cerca de três meses. Ela funcionava em uma pequena casa na Rua Mermoz, no Baldo, e, de acordo com o seu diretor, Marcos Antônio Belarmino, não tinha mais condições de funcionar por falta de dinheiro.
A prefeitura vai firmar um convênio com a casa para ajudar na manutenção, o diretor está preparando uma documentação para tentar alugar uma nova casa através desse convênio, porém a documentação ainda não esta pronta, por causa dos custos.
"Estamos batalhando para conseguir organizar toda a documentação, e também queremos conseguir uma máquina para fabricar vassouras de garrafas pet no valor de R$ 1,5 mil para complementar a renda da casa", declarou.
Os portadores de HIV/Aids que se utilizavam dos serviços da casa vinham principalmente do interior do estado. Na entidade recebiam além de informações, serviços básicos de alimentação e higiene enquanto estavam em Natal. Até tudo ser resolvido os pacientes do interior não tem onde ficar. O local recebia, por mês, em torno de 20 a 25 pessoas.
O custo de manutenção para que a casa funcione adequadamente fica, de acordo com o diretor, em torno de R$ 5 mil. A entidade também recebe doações para completar a renda e dar continuidade ao trabalho com os pacientes. Marcos Antonio Belarmino diz que a grande maioria das doações feitas por pessoas físicas era composta por comida, já que os portadores precisam estar bem alimentados em virtude da forte medicação tomada. "O coquetel é muito forte, e, se a pessoa não está bem alimentada, pode desenvolver problemas estomacais", explica.
Ainda sobre a medicação, Belarmino conta que os pacientes recebem regularmente o coquetel anti-viral, porém estão desassistidos quanto ao recebimento dos remédios que ajudam no tratamento de doenças oportunistas, como a tuberculose, por exemplo. Ele afirma que, enviou ofícios às secretarias de saúde do estado e do município comunicando a situação.