3201 5491

FALE COM A GENTE

ÁREA DO COOPERADO

NATAL: MAL DE ALZHEIMER // MP INVESTIGA FALTA DE MEDICAMENTOS

Geral

25.08.2010

DIÁRIO DE NATAL – 25-08-2010

Secção: Cidades

Link:  http://www.diariodenatal.com.br/2010/08/25/cidades11_0.php

Publicado no dia 25/08/10

 

MAL DE ALZHEIMER // MP INVESTIGA FALTA DE MEDICAMENTOS


A promotora de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e dos Idosos de Natal, Iadya Gama Maia, instaurou inquérito civil para apurar denúncia sobre falta de medicamentos para pacientes portadores do Mal de Alzheimer no sistema público. De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), não estão sendo distribuídos remédios como Eranz (Donepezila), Exelon (Rivastigmina) e Razadyne (Galantamina). A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) garante que os dois últimos já estão sendo entregues e o terceiro chegará na próxima sexta-feira na Unidade Central de Agentes Terapeuticos (Unicat).
 

Na portaria de instauração do Inquérito Civil, Iadya assegura ter juntado os documentos dos processos e decisões judiciais que garantem o fornecimento dos medicamentos Galantamina e Rivastigmina, e-mails encaminhados pela Unicat, a cópia do ofício e respectiva resposta da Sesap referente ao não fornecimento contínuo dos medicamentos para o tratamento da doença de Alzheimer.

O diretor técnico da Unicat, Ralfo Cavalcante Medeiros, informou que o medicamento Eranz não estava sendo entregue aos usuários há cerca de um mês porque estava faltando verba para comprar a medicação. Mas, até a próxima sexta-feira o remédio estará sendo fornecido aos pacientes. "Estivemos com o Ministério Público quinta-feira da semana passada e repassamos essas informações. O Eranz ainda está em falta, mas o Exelon e Razadyne não. A Sesap já comprou e está marcado para a empresa entregar sexta-feira", explicou Ralfo.

No início deste mês, o Diário de Natal publicou a situação complicada pela qual a aposentada Iara Nascimento, de 79 anos, estava passando. Ela precisava tomar o medicamento Eranz de 5mg todos os dias para impedir a progressão do Alzheimer. O remédio custa R$ 433 e há 15 dias a aposentada não tomava essa medicação e apelou para o Exelon, por ter um preço mais baixo. Iara é um das 700 pessoas que pegam mensalmente remédios para a doença na Unidade e garantiu que não era a primeira vez que eles estavam em falta. Na ocasião, a diretora da Unicat, Dra. Maria José Piretti, informou através da assessoria de comunicação da Sesap, que o medicamento está em falta por "problemas no processo licitatório" e que até o dia 15 deste mês estaria disponível na Unicat.