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NATAL: PARTO HUMANIZADO É DESTAQUE NA 23ª JORNADA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

Geral

20.08.2010

CORREIO DA TARDE – 20-08-2010

Secção: Correio Natal

Por: Alexsandro Costa

Link:  http://correiodatarde.com.br/editorias/urgente-57038

Publicado no dia 19/08/10

 

PARTO HUMANIZADO É DESTAQUE NA 23ª JORNADA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), no decorrer da 23ª Jornada de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte, apresenta uma nova forma de proceder com respeito à fisiologia da mulher: o parto humanizado. A conferência ocorre nos dias 18,19 e 20 de agosto no Sehrs Natal Grand Hotel, na Via Costeira.

Na ocasião, a Secretaria apresenta como funciona o quarto onde se realiza um parto humanizado, comprovando que a iniciativa, que visa reduzir a mortalidade materna e neonatal do país, mudará a relação "serviço x mulher x bebê x acompanhante". No evento, os participantes poderão ter acesso a essas novas normas que constam da resolução RDC 36 e da Instrução Normativa 02 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A humanização do parto não representa uma nova técnica ou mais conhecimento, mas, sim, o respeito à fisiologia do parto e à mulher. Muitos hospitais e serviços médicos vêm ignorando as regulamentações exigidas pela Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde seja por querer todo o controle da situação do parto, por conveniência dos hospitais em desocupar leitos de forma mais rápida ou por comodidade de médicos e mulheres que não desejam perder tempo. Mas a ciência vem comprovando que o excesso de intervenções tecnológicas durante o parto pode não ser tão seguro em partos de baixo risco.

Segundo a médica Edilza Maria Araújo, diretora do Hospital da Mulher e Maternidade Prof. Leide Morais, consultora do parto humanizado, vinculada ao Ministério da Saúde, o parto humanizado trata-se de um acontecimento importante para a mulher, devendo ser fácil, menos perigoso e menos doloroso para a mãe. Os hospitais e profissionais, segundo informa, vêm reconhecendo a importância do parto normal tanto para a mulher quanto para o bebê, e com isso investido em quartos especiais. "No quarto para o parto humanizado existe a cama PPP, que serve ao pré e pós-parto, oferecendo grande vantagem: um controle da dor, monitorado por meio de técnicas de relaxamento e massagens, oferecendo à mulher opções para a compreensão do parto como um acontecimento natural".

De acordo com algumas fontes de informação, é comprovado que as parteiras são mais seguras que os médicos nos nascimentos de baixo risco, e que neste mesmo nascimento de baixo risco o parto domiciliar ou em Casas de Parto são tão seguros quanto os realizados nos hospitais e maternidades, com a vantagem de não realizarem tantas intervenções, pois o parto ocorre de forma mais natural.

Em conversa com o especialista James Cadidé, presidente da Sociedade Baiana de Ginecologia e Obstetrícia, Edilza Araújo explanou acerca do Hospital da Mulher na Zona Norte, afirmando que todos os funcionários são treinados para conhecer um muito sobre esse tipo de parto. Com uma equipe de 20 obstetras, contabilizando mais de 300 funcionários, o Hospital da Mulher é o pioneiro em partos humanizados no RN.

"Humanizar o parto é dar liberdade às escolhas da mulher, prestar um atendimento focado em suas necessidades, e não em crenças e mitos. O médico deve mostrar todas as opções que a mulher tem de escolha baseado na história do pré-natal e desenvolvimento fetal e acompanhar essas escolhas, intervindo o menos possível" – relata a consultora.

É a mulher que escolhe onde ter o bebê, o acompanhante, melhor posição na hora do nascimento, direito de ser bem atendida e amamentar na primeira meia hora de vida do bebê.

Direitos da Mulher

Além das muitas necessidades já citadas, a mulher precisa receber líquidos (água ou suco), pois o trabalho de parto pode durar até 12 horas. Receber orientações sobre o parto e procedimentos que serão adotados, com a mulher e com o bebê, é essencial. A mulher bem informada faz melhor a sua parte, ajuda mais. Respeito. Ela deve ser chamada pelo nome, ter privacidade e ser atendida em tudo que necessitar.