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NATAL: PREFEITA ASSINA OS E PROMOTORA CRITICA

Geral

13.08.2010

TRIBUNA DO NORTE – 13-08-2010

Secção: Natal

Link:  http://tribunadonorte.com.br/noticia/prefeita-assina-os-e-promotora-critica/156755

Publicado no dia 13/08/10

 

PREFEITA ASSINA OS E PROMOTORA CRITICA

A Prefeitura de Natal assinou a ordem de serviço para as obras da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade da Esperança e reagiu às criticas que cercam a utilização da área, onde funcionava uma praça de esportes e lazer.

 “Infelizmente”, disse a prefeita Micarla de Sousa sem apontar individualmente os responsáveis, “essa campanha é decorrente do ano eleitoral e de pessoas que ainda não se conformaram com a derrota eleitoral em 2008. Enquanto eu estiver à frente da Prefeitura ninguém vai intimidar a não realizar essas obras”.

Para a promotora titular da 23ª Promotoria da Capital, Rozana Galvão, a prefeitura vem agindo de forma “unilateral” ao iniciar a construção da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Cidade da Esperança, Zona Oeste de Natal, antes de um entendimento com a comunidade sobre a instalação de uma nova área de esportes e lazer.

 A promotora afirma que a administração municipal ainda não respondeu à recomendação, enviada por ela há cerca de um mês, de não efetivar as obras da UPA enquanto não houvesse um acordo sobre a reconstrução das áreas de lazer que precisaram ser destruídas. “O prazo para a resposta era de 10 dias e já se esgotou. Faltou bom senso à Prefeitura, que deveria ter sido mais transparente e está agindo de forma unilateral  nesse caso. A gestão não pode impor suas conclusões sem dar atenção à comunidade”, afirma a promotora, garantindo que vai cobrar o envio da resposta. 

Dentro do próprio Ministério Público, há quem tenha uma outra interpretação em relação ao caso. Antes mesmo de a 23ª Promotoria entrar em cena, a promotora de Saúde, Kalina Filgueira, havia cobrado justamente a efetivação da UPA em Cidade da Esperança. “Como eu não tinha conhecimento desse fato, já estou em contato com Kalina para chegarmos a um entendimento. Obviamente, tanto a UPA quanto a área de lazer são importantes. Precisamos ver o que é prioritário”, destaca.

A ideia é que as duas representantes do MPRN se reúnam com a Prefeitura para encontrar uma solução que satisfaça a todos. A dificuldade é conciliar as agendas, já que Rozana Galvão também está atuando na área eleitoral do Ministério Público. “Se a UPA tem que ser naquele local, tudo bem. Mas a área de lazer deve ser feita no mesmo lugar, ou perto dele. Em toda decisão que envolva os interesses da população, deve-se usar e abusar do bom senso”, opina Galvão.

A representante do Comitê em Defesa do Complexo de Lazer de Cidade da Esperança, Amélia Freire, explica que uma pista de skate, uma quadra e uma pista de bicicross foram já demolidas para possibilitar a obra. “Queremos que esses equipamentos sejam reconstruídos no próprio bairro. A Prefeitura apresentou cinco propostas de locais, mas quatro delas são inviáveis. Sugerimos seis outros lugares para fazer a UPA, inclusive o antigo leprosário, que está abandonado, mas não fomos ouvidos”, queixa-se. Segundo Amélia, a comunidade não é contra a chegada da Unidade de Pronto-Atendimento, mas não aceita a destruição dos espaços de lazer. “Discordamos também da forma arbitrária pela qual a Prefeitura está tratando a questão”, critica Freire.

Obras da unidade estão em fase de terraplenagem

As obras da futura Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Cidade da Esperança já estão em andamento, pois já houve a terraplenagem do terreno em frente ao Clube Intermunicipal. Porém, a ordem de serviço para a sua construção foi assinada,  ontem à tarde, pela prefeita Micarla de Sousa (PV), que se queixou, publicamente,   da campanha feita contra a realização da obra naquele conjunto residencial da Zona Leste de Natal.

A prefeita confirmou que o modelo de gestão da nova UPA, a segunda a ser construída em Natal, seguirá o  mesmo da UPA de Pajuçara, na Zona Norte, compartilhada. Mas, ao invés de ser feito um contrato emergencial, dessa vez será selecionada uma Organização Social de Saúde (OSS), dentre algumas que já estão demonstrando interesse em participar do processo de escola do novo parceiro do município.

Segundo a prefeita, a UPA da Cidade da Esperança terá R$ 2,5 milhões de investimentos do próprio município, enquanto os outros R$ 2 milhões serão recursos federais.

A UPA da Cidade da Esperança será do tipo 3 e contará com sete plantonistas, dos quais cinco clínicos e dois pediatras que farão o atendimento de urgência por 24 horas. A capacidade é para atender 700 pessoas por dia, duzentos a mais que a UPA de Pajuçara, que é do tipo 2, e conta com cinco médicos de plantão diariamente.

O terreno onde funcionará a nova UPA possui 3.255m² e está situado na avenida Paraíba. A obra será realizada ao lado do ginásio de esportes Antônio Alves Correia, onde funcionava uma pista de skate e bicicross.  Os equipamentos serão reconstruídos em uma nova área, a ser definida em conjunto pela Prefeitura e a comunidade, sem qualquer perda para os esportistas do bairro.   A relocação das pistas foi previamente acordada a prefeitura, representantes do Conselho Comunitário da Cidade da Esperança e os praticantes de bicicross.

 O secretário municipal de Saúde, Thiago Trindade, diz que o imbróglio sobre a construção de uma nova pista de skate e bicicross está praticamento solucionado, porque existem seis opções de área para abrigar os equipamentos esportivos.

Pesquisa aponta aprovação de 98,8%

Uma pesquisa interna feita pelo  Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (IPAS), que administra a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) no conjunto Pajuçara, Zona Norte, aponta uma aprovação 98,8% dos usuários.

O secretário municipal de Saúde, Thiago Trindade, disse que essa pesquisa já estava prevista dentro do contrato emergencial firmado com o IPAS, que ouviu 400 pacientes desde a inauguração da UPA em 9 de junho. O “tempo de espera” por atendimento foi considerado “bom” por 96,25% dos usuários. O  índice de satisfação chegou a 99% com relação aos serviços de enfermagem e a 99,5% quando de se trata de serviço administrativos.

Quanto ao aspecto da “educação e respeito”, a pesquisa do IPAS mostra que 395 dos entrevistados consideram positivo o tratamento dos médicos, enquanto 399 o dos enfermeiros e todos os 400, no que diz respeito aos funcionários administrativos.Um total de 394 pacientes aprovaram o interesse dos médicos “em ouvir suas queixas” e outros seis avaliaram como regular. Mesmos números foram obtidos na pergunta sobre o silêncio nas salas de atendimento. Com relação às explicações dos médicos quanto ao tipo de doença, 97% aprovaram e só 0,25% desaprovaram. Outro interesse da pesquisa era limpeza e conforto da recepção, banheiros, corredores, sala de espera e consultórios”. Entre as opções “bom”, “regular” e “fraco”, apenas um entrevistado considerou regular, enquanto todos os demais consideram “bom”. Já a sensação de segurança em relação aos atendimentos foi considerada boa por 99,5%.

Quanto a classificação de risco, para o atendimento de urgência ou emergência, 97.5% dos pacientes avaliaram positivamente o sistema e só 2,25% consideraram regular e 0,25% fraco.