Começou nesta segunda-feira (11) a força tarefa da Secretaria de Saúde de Natal em parceria com outros órgãos do Executivo Municipal contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, zica vírus e chikungunya. O pontapé inicial da ação foi no bairro Nossa Senhora da Apresentação, na Zona Norte da capital.

A equipe de agentes saiu em passeata na Rua Noel Costa, abordando os moradores sobre a doença e a prevenção; alguns coletavam lixo possíveis focos de mosquito no decorrer da caminhada. No caminho, em poucos metros podia ser visto vários depósitos de lixo e entulho a céu aberto.

No cruzamento da via com a Rua São Severino Ramos três boeiros abertos e entupidos eram claros focos de mosquito, com verdadeiras nuvens de insetos saindo.

O cenário reflete a situação da região. O bairro é considerado um dos piores quando o assunto é dengue. Segundo informações da SMS, Nossa Senhora da Apresentação possui índices de positividade para o vírus de 83% e quase 80 em cada 100 locais fiscalizados possuem a presença do Aedes aegypti.

De acordo com o secretário de Saúde de Natal, Luiz Roberto Fonseca, os níveis considerados dentro da normalidade é de 1%.

Ainda de acordo com ele, na força tarefa estarão nas ruas do bairro da Zona Norte 188 agentes de saúde, além de equipes de outras secretarias, como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), Urbana, Defesa Civil e outras pastas.

Ele garante que não haverá déficit nos outros bairros de Natal. “Estamos aumentando a concentração (nas área da força tarefa), mas mantemos as ações nas outras zonas da cidade”, afirmou Fonseca. No cálculo da SMS, restariam 104 agentes de saúde para a cobertura no resto da capital.

Próximas ações seguem na Zona Norte

Ainda não há definição, mas segundo Luiz Roberto Fonseca, após esta semana em Nossa Senhora da Apresentação, o próximo ponto da força tarefa deve ser em Pajuçara, Potengi ou Igapó, todos também na Zona Norte. A pasta da saúde ainda analisa qual delas.

“É necessário que haja a integração da população nessas ações porque não adianta livrarmos um terreno de um foco do mosquito e logo depois a população descuidar e o foco voltar”, alertou Fonseca.

A dona de casa Willineide Souza, de 31 anos, que recebeu a visita de um dos agentes nesta manhã, diz que das cinco pessoas de sua casa, duas já foram vítimas do mosquito Aedes aegypti. Sua filha mais velha de oito anos teve chikungunya e sua filha de cinco anos passou quatro dias no hospital com após contrair dengue. Tudo no ano passado.

“A minha vizinha também teve dengue”, conta. “Por isso limpo minha casa todo dia e evito deixar água parada, mas o povo não está nem aí e joga lixo na rua”, acrescentou, apontando para uma pilha de lixo no outro lado da rua.

Reprodução: Portalnoar.com