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Novo método de pesquisa cria "Ciência da Meditação"

Geral

20.05.2014

Ciência da meditação

A "mente alerta" – ou atenção plena – é algo muito pessoal, frequentemente espiritual, mas a experiência da meditação não precisa ser subjetiva.

Com um estudo após o outro revelando os benefícios da meditação, os cientistas estão tentando desenvolver metodologias que permitam que seus colegas integrem experiências de meditação da mente alerta com imagens do cérebro e com dados de sinais neurais.

O objetivo é elaborar hipóteses testáveis e reprodutíveis sobre a "ciência da meditação", eventualmente ampliando seus benefícios sobre a saúde mental para toda a população.

A equipe do Dr. Juan Santoyo, da Universidade de Brown (EUA), desenvolveu agora uma metodologia que permite codificar as respostas dadas pelos meditadores sobre suas experiências mentais e espirituais.

Isso permite que as avaliações, antes subjetivas, possam ser rigorosamente correlacionadas com medições neurofisiológicas quantitativas.

Caminho para a saúde mental

Com a nova ferramenta, os pesquisadores passam a contar com ferramentas para correlacionar as experiências descritas pelos meditadores à atividade específica e objetiva medida em seus cérebros.

Embora os meditadores avançados não concordem com o reducionismo – a identificação de suas experiências meditativas meramente com o ocorre em seus cérebros – a metodologia pode ser um passo importante para garantir benefícios da meditação para pessoas que não estejam interessadas em trilhar um caminho espiritual ou de autoelevação.

"Nós estamos começando a discutir como isso se aplica como uma ferramenta geral para o desenvolvimento de tratamentos de saúde mental direcionados," disse o Dr. Santoyo. "Podemos explorar a forma como certas experiências se alinham com certos padrões de atividade cerebral. Sabemos que certos padrões de atividade cerebral estão associados com certos transtornos psiquiátricos."

"Na neurociência da atenção plena e da meditação, um dos problemas que temos é a não compreensão das práticas de dentro para fora," completou Catherine Kerr, membro da equipe. "O que nós realmente necessitamos são melhores mecanismos para a geração de hipóteses testáveis – hipóteses clinicamente relevantes e experiencialmente relevantes."

Fonte: Diario da saúde