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OAB vai sugerir mudanças urgentes no Walfredo Gurgel e no Tarcísio Maia

Geral

02.02.2012

A seccional estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RN) vai sugerir mudanças urgentes e estruturais nos dois maiores pronto-socorros do Rio Grande do Norte: o dos hospitais Walfredo Gurgel, em Natal, e Tarcísio Maia, em Mossoró. As medidas que serão tomadas serão decididas em uma reunião hoje do Conselho Deliberativo, na sede do órgão. A Ordem estuda, inclusive, entrar com ações judiciais, caso sejam necessárias.

Um relatório detalhado sobre duas visitas às unidades hospitalares será apresentado pela Comissão de Direito à Saúde da OAB. Nas visitas, feita no HRTM em 8 de janeiro, e no Clóvis Sarinho em 12 de janeiro, a comissão constatou o que todo mundo já sabe: "são precárias as condições de atendimento". Só que o relatório apresenta a situação observada com riqueza de detalhes que, quando se trata dos maiores hospitais do estado, não deixam de chamar a atenção.

A visita no Tarcísio Maia foi desencadeada após denúncias feitas em dezembro de 2011de médicos, profissionais de saúde, a população e jornalistas de Mossoró acerca das precárias condições de atendimento realizadas. Em Mossoró, foi constatada deficiência de médicos e inexistência de profissionais de enfermagem em número suficiente, de tal forma que vários pacientes graves internados recebiam assistência dos familiares, manuseando equipamentos. "Muitos gritando pelo socorro quando necessário", relata o documento. De acordo com a presidente da Comissão de Direito à Saúde da OAB/RN, Elisângela Fernandes, nestes casos, muitos pacientes possivelmente morrem sem receber assistência adequada. Para ela, não condições mínimas para a prestação de uma assistência de saúde digna e eficaz.

"Encontramos pacientes internados há dias, quiçá meses, em salas fechadas, moribundos, intubados [respirando por aparelhos], sem monitorização cardíaca (vital nestes casos) e sem quaisquer equipes médica ou de enfermagem no setor", citou Elisângela Fernandes. De acordo com a presidente da comissão, todos os profissionais possivelmente trabalham "atarefados, talvez sufocados por tantos outros pacientes nos quais é possível depositar alguma expectativa de vida".

No relatório, também foi observada a falta equipamentos básicos em todos os setores, como tensiômetros em quantidade insuficiente, falta de monitores cardíacos, laringoscópios (cabos e lâminas pediátricos e adultos), mandril (utilizada para conduzir a intubação em casos difíceis), cânulas de intubação, desfibrilador (reanimar o paciente em parada cardiorrespiratória), bombas de infusão (infusão contínua de medicamentos), além da falta de medicações (das mais simples até anestésicos e antimicrobianos) e de manutenção em diversos equipamentos desde foco cirúrgico a ar-condicionado, macas, leitos, pias, torneiras, portas, etc.. A Ordem estuda, inclusive, entrar com ações judiciais, caso sejam necessárias.

Um relatório detalhado sobre duas visitas às unidades hospitalares será apresentado pela Comissão de Direito à Saúde da OAB. Nas visitas, feita no HRTM em 8 de janeiro, e no Clóvis Sarinho em 12 de janeiro, a comissão constatou o que todo mundo já sabe: "são precárias as condições de atendimento". Só que o relatório apresenta a situação observada com riqueza de detalhes que, quando se trata dos maiores hospitais do estado, não deixam de chamar a atenção.

Fonte: Diário de Natal