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OMS eleva a 6.841 o número de mortos por ebola, de 18.464 infectados

Geral

17.12.2014

O número de mortos na epidemia de febre hemorrágica do ebola aumentou para 6.841 entre os 18.464 casos registrados desde o início do ano, anunciou nesta segunda-feira (15) a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em três dias, a partir de 10 de dezembro, o número de mortos aumentou em 258 e o de casos de contágio, em 276 em Serra Leoa, Guiné e Libéria.
O ebola, um dos vírus mais perigosos para o ser humano atualmente, também afeta os profisionais da saúde. Até 7 de dezembro, 349 trabalhadores da saúde dos 639 infectados morreram, segundo a OMS.
Infográfico sobre ebola, V6 (Foto: Infográfico/G1)
Cancelamento da dívida externa
Nesta segunda-feira, a Comissão Econômica das Nações Unidas para a África (UNECA, por sua sigla em inglês) pediu o cancelamento da dívida externa da Libéria, Guiné e Serra Leoa, os três países mais afetados pela epidemia de ebola, para contribuir para sua recuperação econômica.
A proposta, segundo a agência EFE, faz parte de um relatório apresentado em Adis-Abeba que avalia o impacto socioeconômico do vírus não só nestes três países, mas também na região e inclusive no continente.
"Seu impacto nos três países é tão significativo que pedimos ao mundo que dê um passo para frente", disse o secretário-geral da UNECA, Carlos Lopes, diante de jornalistas e diplomatas.
Segundo Lopes, o cancelamento da dívida não deveria representar um grande problema, pois até o momento a comunidade internacional já ajudou com cerca de US$ 3 bilhões e a dívida conjunta dos três países é inferior a esse número.
O benefício do perdão seria notável, já que permitiria criar as condições econômicas necessárias para que Guiné, Libéria e Serra Leoa "possam começar desde zero", uma vez que o surto tenha sido contido, acrescentou Lopes.
A dívida total dos três países chega US$ 2,6 bilhões, mas o arrefecimento econômico provocado pelo surto faz com que cada vez seja mais difícil abonar os pagamentos.
Vários diplomatas que participaram da apresentação do relatório se mostraram favoráveis ao cancelamento, enquanto os representantes dos países afetados qualificaram a medida de "crucial".
A explosão do surto de ebola, que até o momento já tirou a vida de mais de seis mil pessoas, determinou a paralisação de todos os investimentos que estavam sendo negociados para os três países, apontaram desde a ECA.
Por outro lado, o organismo lembrou que a queda das vendas em mercados e lojas, a menor atividade em restaurantes e hotéis, e a paralisação de setores como a construção e os serviços, tiveram um grande impacto na economia local e levará muito tempo para haver uma recuperação.

Fonte: G1