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Pesquisa mostra que 40% dos potiguares têm alguma doença crônica

Geral

11.12.2014

O Rio Grande do Norte tem 40% da população, o equivalente a 960 mil pessoas, com doenças crônicas não transmissível (DCNT) segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre as principais doenças estão a hipertensão, diabetes, colesterol alto e depressão.

No estado, as mulheres são as mais atingidas pelas enfermidades. Segundo o IBGE, 45,2% das pessoas do sexo feminino, um total de 584 mil, tem alguma doença, enquanto para os homens o índice é de 33,5%, o equivalente a 376,2 mil. No Brasil, o índice atinge cerca de 40% da população, o equivalente a 57,4 milhões de pessoas.

As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por mais de 72% das causas de mortes no Brasil. A hipertensão arterial, o diabetes, a doença crônica de coluna, o colesterol (principal fator de risco para as cardiovasculares) e a depressão são as que apresentam maior prevalência no país. A existência dessas doenças está associada a fatores de risco como tabagismo, consumo abusivo de álcool, excesso de peso, níveis elevados de colesterol, baixo consumo de frutas e verduras e sedentarismo.

De acordo com o levantamento, a maioria dos potiguares que sofrem com alguma doença crônica tem hipertensão. No estado, são 503 mil pessoas acima de 18 anos com a pressão alta, o correspondente a 20,8% da população. Importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, a doença aparece mais no sexo feminino, com prevalência em 24,9% das mulheres e 16,1% dos homens no Rio Grande do Norte. No Brasil, a hipertensão atinge 31,3 milhões de adultos, o que corresponde a 21,4% da população.

Já o diabetes, transtorno metabólico causado pela elevação da glicose no sangue, atinge 135 mil pessoas do Rio Grande do Norte – o que corresponde a 5,6% da população adulta local. As mulheres (7%), mais uma vez, apresentaram maior proporção da doença do que os homens (3,9%) – 91 mil contra 44 mil habitantes. Em todo o Brasil, 9 milhões de brasileiros – o que corresponde a 6,2% da população adulta – possuem a doença.

No caso do colesterol, a PNS identificou que 328 mil moradores do Rio Grande do Norte com mais de 18 anos apresentam colesterol alto, o que representa 13,6% da população adulta. Sendo 17,2% das mulheres e 9,5% dos homens. Quando analisados os dados nacionais, a PNS aponta que 18,4 milhões de brasileiros apresentam colesterol alto, 12,5% da população adulta.

Já a depressão, distúrbio afetivo que ocasiona queda do humor, atualmente atinge 166 mil adultos no Rio Grande do Norte. O diagnóstico da doença corresponde a 6,9% da população do estado – sendo que a prevalência é de 9,8% entre as mulheres e 3,5% nos homens. Já a prevalência da depressão no país chega a 11,2 milhões ou 7,6% da população.

“Esta pesquisa traz o retrato atual da saúde da população. Temos de trabalhar de forma intersetorial para reverter esse quadro, incentivando a prática de exercícios físicos e outras medidas voltadas a um estilo de vida mais saudável. As equipes de Saúde da Família têm tido uma atuação importante nessa área, com a realização de grupos de caminhada e de dança, e muitas cidades tem valorizado as ciclovias, por exemplo. Temos de romper esse hábito de sentar na frente da televisão e chamar a atenção da população sobre o sedentarismo. O Ministério da Saúde, agora, tem um desafio ainda maior com o Mais Especialidades, direcionando o nosso olhar aos dados da PNS”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Problema Crônico de Coluna chama atenção

A Pesquisa Nacional de Saúde traz, pela primeira vez, o percentual de brasileiros que afirmam ter um diagnóstico médico de problema crônico de coluna. Atualmente, 433 mil adultos são acometidos pela doença no estado, o que corresponde a 17,9% da população. Os problemas lombares são os mais comuns e a prevalência também é maior entre as mulheres (19,2%), contra 16,4% dos homens. Atualmente, 27 milhões de adultos no país são acometidos pela doença, o que corresponde a 18,5% da população.

Em todo país, a doença crônica de coluna está diretamente ligada ao avançar da idade, atingindo 8,7% dos jovens de 18 a 29 anos, indicador que aumenta para 26,6% das pessoas acima de 60 anos ou mais. No grupo com mais de 65 anos as proporções são ainda maiores, atingindo 28,9% deles. Um destaque levantado pela PNS está no fato de que 53,6% das pessoas que dizem ter a doença garantiram fazer tratamento. A maioria, 40% desse grupo, fez referência ao uso de medicamentos ou injeção, enquanto outros 18,9% praticam exercício físico ou fazem fisioterapia.

Ao contrário das demais doenças crônicas alvo da pesquisa, essa foi a única em que a prevalência foi menor na área urbana do que na rural – com percentuais de 18% e 21,3%, respectivamente. As proporções para Norte, Sudeste e Centro-Oeste, estão no mesmo patamar, com prevalência de 16,9%. O Nordeste apresentou prevalência de 19,2% e a região Sul foi identificada como a que possui os maiores índices de problemas de coluna, com 23,3% da população.

Reprodução: Tribuna do Norte